sábado, 9 de maio de 2009

NOITES GLAMUROSAS

JPS - Como todos os anos, as coletivas de imprensa que acontecem dias antes do GP Brasil de Fórmula 1 contagia alguns “furões” pra dentro dos salões reservados aos jornalistas, pilotos e pessoas da equipe que procuram agradar, de forma comum, seus convidados.

Porém durante os anos de 2002 e 2003, eu e muitos outros jornalistas fomos convocados para cobrir não apenas uma coletiva, mas um quase evento que a equipe Toyota, ainda prematura neste mundo estranho, concedeu ao pessoal da mídia. Entre credenciamentos nominais antes do acesso a sala e brindes bastante usuais aos presentes, a estrutura montada parecia fazer acreditar que a empresa realmente sabia muito bem sobre tudo aquilo que estavam investindo.

No primeiro ano, em 2002, com o press-release aberto já sentado na sala de coletiva, analisei uma nota bastante coerente sobre os trabalhos de longo prazo que a Toyota previa antes de saltar, se assim fosse, para um degrau maior na categoria. Nela, a informação de que quatro anos de trabalhos seriam suficientes para que o time pudesse brigar pelo titulo mundial chamou atenção de alguns. Mas só agora, oito anos depois, é que a Toyota pode, enfim, brigar pelo menos por algumas vitórias.

Tarde demais segundo as notas recentes espalhadas nos sites e jornais desta semana, que mencionam a verdadeira face da equipe vermelha e branca, devendo assim deixar a categoria no final de 2009.

Este é mais um lance daquele que já registrei por mais de quatro ou cinco vezes neste blog. As montadoras entraram, afundaram e levaram com elas o esporte.

Portanto, que voltem aos circuitos nomes como Mecachrome, Cosworth ou Judd.

QUANDO ERAM CORRIDAS

JPS - A DUKE Vídeos, nossa patrocinadora direta, lançou no mês passado mais um “pack” de DVD´s com imagens e entrevistas exclusivas da época em que corridas de carro cheiravam, pra valer, gasolina.

Os Campeonatos Mundiais de Sportscar na década de 80 cravaram na história das grandes marcas um impulso de imagem e competência para firmar, enfim, a grande paixão do público pelos carros de sonhos.

Máquinas e pilotos como Jaguar, Porsche, Sauber Mercedes, Derek Bell, Raul Boesel, Hans Stuck, Jochen Mass, Eddie Cheever, John Watson, Jean-Louis Schlesser, Martin Brundle, Jan Lammers, Mauro Baldi, Bob Wollek, Mark Blundell são alguns ícones que a década de 80 promoveu apresentou ao mundo.

As temporadas de 1984, 1985 e 1986 estão a venda no site da produtora desde Fevereiro, separadas deste novo pacote de DVD´s, que agora apresenta as temporadas completas de 1987, 1988 e 1989.

- Um breve resumo –

O Campeonato Mundial de Sportscar de 1987 foi concluído em 10 etapas, desde a abertura na Espanha, até a última prova, realizada no Japão, contando com imagens de arrepiar nas provas clássicas como Silverstone e Le Mans. Uma voz dominante foi o time Rothmans-Porsche, com a versão turbo 962C, na briga direta com os modelos de Tom Walkinshaw, que trabalhou no preparo do Jaguar V12 XJR-8.

Em 1988, a intensa rivalidade entre o modelo Jaguar XJR-9 e o Sauber Mercedes Turbo caracterizou a temporada. Foram 11 etapas, com abertura na Espanha e fechamento na Austrália, com provas importantes em circuitos como Brno.

A temporada de 1989 (foto) detalha por que a Sauber Mercedes era o time para bater, além de detalhes minuciosos de modelos como Nissan, Toyota e Jaguar, além do irônico acidente na última prova do ano, decidindo assim o campeonato naquele ano.

ACESSEM E COMPREM!
www.dukevideo.com

sexta-feira, 8 de maio de 2009

TRADUZINDO INDIANAPOLIS

JPS - Durante meus cinco meses de moradia no litoral norte de São Paulo, em um de meus acessos no computador reservado aos hóspedes da pousada qual gerenciei na praia de Camburi, conversei com um amigo jornalista que entrou no “bonde” do pai que precisou se mudar para os Estados Unidos depois de algumas credibilidades envolvidas com a GM Brasil.

E a primeira frase do rapaz, antes mesmo do “boa noite” foi dizer que assistiu, junto com a família, a edição 2008 da 500 Milhas de Indianápolis. E naquela calmaria perturbadora de um homem urbano que decidiu morar na praia sem pensar muito bem sobre, os detalhes mencionados pelo amigo do outro lado da tela soaram como o primeiro gongo de que eu, ali em Camburi, estava perdendo o foco das coisas que poderiam nunca mais ser as mesmas depois de meu retorno oficialmente garantido para um dia, fosse lá qual fosse.

Nunca fui para a América do Norte. Logo, não conheço Indianápolis. Porém algumas cenas estranhas passam agora pela minha cabeça, como quadros sujos e escuros pendurados em borracharias e mecânicas velhas, fotos de revistas mal conservadas em sebos de grandes cidades, entre outras lembranças que sempre voltam a cutucar algum lance aqui dentro quando vejo, leio ou falo de Indianápolis.

Para ser mais exato, o circuito americano que o mundo conhece cheira, ao meu ver, morte. Sei que é chato dizer isso, mas a pista de quatro quilômetros já varreu alguns cadáveres feios em meio aos motores que, segundo a palavra de meu amigo americanizado e também a do fotógrafo Miguel Costa Jr., passam rápido. Muito rápido.

Mas a idéia de escrever sobre Indianápolis foi ver acidente de Scott Sharp em mais um dia (entre tantos) de treinos para a edição da 500 Milhas 2009, e me lembrar do milagre da física que fez Kenny Brack sobreviver após um acidente que desmanchou seu carro em 2003.

Este fato também foi nota de um bate-papo que tive com um cara americano/abrasileirado que trabalhava na Fórmula Indy naquela época. Segundo ele, a esposa de Brack estava nos boxes do circuito do Texas e nada podia fazer além de chorar e se desesperar ao ver a cena nos monitores e ao vivo, ao mesmo tempo.

Naquele mesmo ano, se não estou enganado, um acidente de treino livre após o término da temporada matou um jovem piloto após seu carro ultrapassar a grade de proteção entre pista e arquibancadas. O circuito: Indianápolis.

De qualquer forma, o templo continua existindo e a boa fase entre Tony George e a organização da Indy parece estabelecer um ar de agrado no meio dos carros nesta temporada. Para melhorar, só mesmo uma vitória verde-amarela no próximo dia 24.

terça-feira, 5 de maio de 2009

UMA PORTA, QUINZE DIAS E EXPLICAÇÕES

Não há, de fato, como entender coisas estranhas como não olhar no espelho retrovisor antes de abrir a porta do carro em plena rua Vergueiro (SP), onde o tráfego é, para quem conhece, constante a toda hora. Mas graças a este erro, olho agora para meu dedo quebrado depois da queda que sofri com minha bicicleta voltando do Parque do Ibirapuera, mesmo após o desvio sem sucesso completo do tal muro de aço aberto por um senhor que mereceu desculpas pelo caráter e prestação de auxílio imediato.

Em resumo, as explicações: Não posso forçar a digitação durante pelo menos 10 dias – apesar dos 15 mencionados no atestado médico. Então, este blog vai dar um freio neste período, voltando acelerar logo após minha recuperação.

Abraços para todos!
Rafael Poliszuk

domingo, 3 de maio de 2009

NÃO ADIANTA JULGAR

JPS - A Rede Globo não transmite mais as provas inteiras da StockCar por motivos contratuais, evidentemente. Não há, afinal, outra forma de analisar tal propósito. Mas a pergunta fica no ar: Porque?

Minhas estranhas análises indicam que nem mesmo a Fórmula 1 consegue mais estabilizar os índices de audiência. Ou seja, durante quase duas horas de corrida, a oscilação deve ser perturbadora. Largada e volta final deve subir o gráfico, como sempre foi e sempre será. Mas acredito que o telespectador brasileiro não tem mais “saco” para ficar vendo volta por volta, nem que a corrida seja uma aposta sem candidato mor.

Transmitir a StockCar em suas voltas finais foi uma saída, suponho, inteligente. Porém dar espaço para mundial de Judô no Ibirapuera, local onde passei ontem e vi os carros divididos entre bandeiras da Inglaterra, França e Brasil pouco antes de sofrer meu primeiro acidente de bicicleta e descobrir que ainda há motoristas que deixam de olhar no retrovisor antes de abrirem a porta da esquerda, não foi, ao meu ver, tão interessante assim.

De qualquer maneira, o domingo terminou esportivamente bem. Com dores na perna esquerda, machucados no braço direito e título de Ronaldo, e não do Corinthans.

PS. Por falar no passeio pré-acidente, pude ver que o povão, sem generalizar, parece não querer ouvir e dar a tenção ao que falam sobre economia d´agua. Não contei, mas pelo menos quatro visões estranhas de algum ser “bem informado” lavando a calçada em frente sua casa ou empresa, sem a mínima necessidade de uso da tal preciosidade natural, desagradaram minha visão.

Escrevo isso porque dentro de alguns meses, se tudo der certo, este blog será a primeira página neutralizada do Brasil. Ou seja, todo o consumo que for necessário para promover as promoções, escrever e informar vocês leitores – energia elétrica, transporte para coberturas in-loco, etc... – será retornada a natureza em forma de plantio de árvores.

Fiquem atentos!