sábado, 6 de junho de 2009

LEMBRANÇAS DE UMA NOITE ESTRANHA

JPS - Quando a Mil Milhas Brasileiras era um evento bacana, com uma certa estrutura e aventura de jornalistas madrugadores que gostavam daquilo que faziam, tinha também uma abertura certamente normal em acessos de pessoas estranhas no meio dos carros e pilotos.

Em uma das edições, não me lembro qual exatamente, levei um casal de colegas longe de serem jornalistas credenciados de forma sinistra com o cartão de imprensa. Até aí tudo bem. Adoraram, dormiram um pouco e anos mais tarde acabei saindo com ela depois que o casal se separou.

Mas nesta etapa, de forma singular, lembro também de ter conhecido uma outra garota bem grandona que aparentava ter um caso muito incompreendido com outro jornalista. Ele que, aliás, também colocava ela e uma outra amiga nada interessante pra dentro das pistas de forma irregular, assim como eu.

No paddock, piso superior e horas antes da largada, perguntei a ela meio sem conteúdo de pauta feminina, o que mais chamava sua atenção naquilo tudo, acreditando que a grandona dissesse ser o frisson, os caras, ou sei lá o que. Mas sua resposta foi ser os pneus!

Então percebi algum sentimento inteligente na garota, que provavelmente nunca havia visto, de fato, uma corrida de perto. E a “sacada” dos pneus é uma das primeiras notas de interesse em carros rápidos que precisam se segurar no asfalto.

Escrevo tudo isso porque pouco antes de começar a prova do Texas na tv aqui ao meu lado, entendo que além das características diferentes de pilotagem em circuitos ovais, há um mérito indispensável no resultado final da prova, principalmente em pistas como esta. E como também no circuito de Istambul, que no final da brincadeira de amanhã, a aparência acaba mais ou menos como na foto acima, sem retoque algum de photoshop.

E O CARRO ESTÁ ALI?

JPS - Aprendi a gostar ainda mais de cinema quando morei na praia. Podia dizer que o surf seria meu novo foco de diversão, mas não foi pela simples questão de não estar pronto para viver uma vida completamente diferente daquela que me acostumei em São Paulo. Então, durante as noites que eu não saída para beber alguma coisa diferente e conhecer mulheres solteiras circulando nas ruas estranhas de Camburi, eu me deitava e selecionava um filme diferente na DVDteca da pousada que gerenciava.

E como sempre havia uma vontade de ver coisas do passado, procurava alguns clássicos que nem sempre os hóspedes estavam a fim de alugar. Mas infelizmente não havia entre eles o da casa aí da foto, que por sinal está a venda.

A filmagem trabalhada nesta garagem foi Curtindo a Vida Adoidado, aquele do moleque (Ferris Bueller) que cabula aula, vai atrás da namorada na escola com disfarce pobre e passa o dia accelerando a Ferrari do pai da família Cameron, qual o filho é seu amigo.

No filme, o carro despenca deste penhasco na tentativa de voltarem o conta giro depois que os motoristas de um restaurante aproveitam a chance de pilotar a máquina.

Acontece que esta foto ao lado, retirada recentemente de um site brasileiro, mostra um carro vermelho ali dentro. Mas por USD 2,300 milhões as únicas cortesias serão fotos dos atores em um mural dentro da residência, localizada no subúrbio de Chicago. Já a Ferrari, não será entregue.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

BATE-PAPO PÓS PÓDIO E A FALTA DE…

JPS - Não devia ser assim, mas não sei bem porque o piloto Carlos Iaconelli, segundo colocado na primeira prova histórica com o retorno da Fórmula 2 no automobilismo internacional, não foi proclamado como destaque nas mídias gerais que leio e conheço. Portanto, vai aqui a notificação deste rapaz, que conversei logo após a prova de Valência, onde aconteceu a abertura oficial da "nova" categoria..... Apesar de aparentar morar bem e ter condições financeiras para fazer o que gosta, sente na pele o que é ser piloto de verdade. Ou seja, Iaco (como é chamado pelos próximos) está aprendendo a gastar dinheiro acreditando nos resultados que um dia servirão como investimento feito “lá atrás”. Tudo isso porque ele não conta com nenhum (mesmo) patrocinador.

O caso de Bia Figueiredo, interpretado por um jornalista que cobriu as 500 Milhas de Indianapolis in-loco, parece ter sido falta de verba, e não apenas o acidente que lhe custou alguns pontos no queixo. Aliás, o acidente lhe custou também, segundo o jornalista, alguns dólares a mais em sua dívida particular com a equipe que defendia na categoria. Ou seja, para onde ela vai agora, depois de ter aterrizado firme na terra da banana?

Vale lembrar a entrevista que este blog fez recentemente com o piloto Pedro Bianchini, que retornou da Europa há pouco com o mesmo problema.

Se minha análise fosse nua e crua, muitos voltaram e sempre voltarão. Mas os nomes acima citados eram aqueles que o torcedor ficava de olho vez em quando para ver no que ia dar, na expectativa de algo bom pra surgir ano após ano.

Ainda há chances, naturalmente. Afinal, as tais coisas estranhas que há tanto tempo escrevo estão surgindo aos poucos. E piloto bom é o que eles vão querer para defender alguns volantes em categorias de base, nas novas equipes que deverão aparecer, já em 2010, em grids que muita gente nem imagina.

Então o jeito é esperar e prospectar esperanças.