sábado, 28 de março de 2009

RECUSARAM-SE

Às vezes é preciso escrever sobre os podres deste país já que gritar ninguém mais parece querer ouvir. Mas ás vezes o contrário faz sentido.

Digo isso porque há tempos estou tentando agendar uma entrevista com o diretor do novo circuito Enzo e Dino Ferrari, o de Ímola, a fim de alguns esclarecimentos sobre a nova pista e sua reforma, qual já está pronta e dentro de alguns calendários oficiais, entre eles o da Fórmula 3000 Européia.

Mas parece que o pessoal não quer muito papo. Para ser mais preciso, responder à imprensa brasileira talvez não seja assim tão interessante. E a pergunta para este fato é: Será que eles estão com receio que dentre as perguntas surja o nome de Ayrton Senna e a morte sustentada pelo risco que o circuito promovia até o ano de 1994? Ou será por outro motivo qualquer que a entrevista não está vingando?

Difícil entender estes europeus, que exigem tanto de lugares estranhos e apaixonantes como Interlagos, mas deixam sobrando aventuras de risco fatal em suas provas de campeonatos limitados ao continente pontual como aquele.

Lembro de um vídeo feito por um fotógrafo brasileiro que trabalhava pra mim na Inglaterra em 2004, qual entre uma prova e outra, fizera algumas imagens realmente exclusivas de Bruno Senna em sua estréia na Fórmula BMW em Brands Hatch. E durante uma prova de turismo que acontecia naquele mesmo final de semana, no mesmo circuito, pude ver alguns fiscais na frente dos guard-rails durante os pegas que aconteciam entre eles e o asfalto, sem nenhuma divisória que pudesse segurar ao menos um parafuso solto que escapasse por acaso.

Não dá para entender a filosofia das coisas desta maneira.

... por falar em Bruno, as coisas na DTM (postagem anterior) ficaram para stand-by e como todos devem saber, ele participará dos 1000 klm de Cataluña e a prova das provas 24 Horas de Le Mans, dentro de um Courage-Oreca LC70, qual já treinou e parece ter andado bem. Spa Francorchamps será mais um palco para o piloto que relembra a carreira de outro brasileiro, que antes de estrear oficialmente na Fórmula 1 fez por merecer na DTM, ironicamente. Ricardo Zonta é o nome dele.

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domingo, 22 de março de 2009

MAIS CONEXÕES

SP - Bruno Senna não veio até o Brasil participar de nenhuma prova de kart promocional. Ou seja, não esteve ao menos nos bastidores da Granja Viana, nem lá na afogada Florianópolis no final do ano passado.

Estava claro pra mim e para alguns seres estranhos que o rapaz ficou lá do outro lado do oceano para assinar os papéis. Ou ao menos acertar alguma coisa coerente para 2009.

De forma dramática, alguns jornalistas colocaram nas manchetes um cutucão da extinta Honda que quase garantia Senna estreando oficialmente na Fórmula 1 sobrepondo, com ar de surpresa, a contratação de Barrichello no lugar do mesmo. Também fiquei surpreso, é fato. Mas agora dá para entender algumas peças que faltavam no quebra-cabeça.

A primeira sacada é o carro de Ross Brawn, que anda bem, só não sabemos como. Então colocar um menino de ouro, porém estreante ali dentro, seria talvez um pouco delicado para aqueles que já sabiam da competência desenhada pelo modelo branco sem patrocínio que entrou na pista tarde demais e assustou algumas pessoas com sua velocidade.

Brawn também já trabalhou com Rubens e não queria começar tudo de novo. Ou seja, se adaptar com um novo ser no rádio da equipe e nas reuniões secretas e supostamente bastante chatas. Já Janson, por ser inglês, resume muitas explicações sobre sua permanência.

Então vamos às conexões. Bruno não é moleque, nem bobo. Mas ainda faltam alguns quilômetros e querendo ou não, seu sobrenome é que atrapalha e acelera um pouco as negociações ou as quase chances de vê-lo, enfim, na Fórmula 1. Então, mesmo com sua palavra de tristeza mencionada aos jornais semanas atrás, acredito friamente que já havia algo reservado para ele em algum canto. E este espaço parece ter sido encerado pela Mercedes-Benz lá na terra da salsicha branca, onde o garoto já começou acelerar o modelo AMG Classe C 2008.

Segundo sua assessoria de imprensa,...Apesar de demonstrar muito interesse, Haug (diretor técnico dos motores Mercedes) ressaltou que o teste não significa ainda que Bruno participará do campeonato do DTM neste ano. Contudo, admitiu que é uma oportunidade de considerar a entrada de Bruno na família Mercedes-Benz em algum momento no futuro. {“Hoje, podemos dizer que Bruno respirou pela primeira vez o ar do DTM. Vamos esperar pelo segundo dia e ver como as coisas evoluem.”}”.

Se ele estrear oficialmente por ali, acredito que será feliz pelo menos por um tempo, já que um campeonato daqueles parece ser bem legal para um novato em carros de turismo.

Agora, se ele não estrear por ali, não ficará parado também. Já que a Fórmula 1 quer vê-lo nas câmeras. Em resumo, ele vai chegar lá. É só aguardar um pouco os resultados do motor alemão que empurra os carros de Brawn e um posicionamento que ficou definitivamente no vácuo sobre Gerhard Berger e sua trajetória com Bruno desde os tempos da Fórmula BMW européia, estreada pelo sobrinho do piloto mor em 2004.
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QUALIDADE DE VIDA

SP - Mesmo sem torcida e apenas uma assessoria de imprensa que não consegue espremer uma notinha sequer sobre eles nos jornais de banca, além de revistas especializadas (no singular seria mais real), alguns nomes brasileiros que estruturam sua vida no exterior estão acima de muitos outros em diferentes aspectos, e o principal deles é a qualidade de vida. Fazem o que sabem fazer de melhor, competem em categorias fortes com particularidades interessantes vencendo provas e campeonatos.

Dentre as últimas notas que recebi de distintos assessores, dois deles merecem um comentário por aqui. Primeiro vem João Paulo Oliveira, piloto que há tempos está no Japão ganhando dinheiro e status, vencendo provas e aparentemente feliz por não ser qualquer um... por ali, é claro. Por aqui ninguém sabe, ninguém viu. A não ser aqueles aficionados por corridas de carro que almoçam pneus e sonham com amortecedores.

Oliveira, por sinal, venceu hoje os 300 Klm de Okayama, e lidera o campeonato japonês de SuperGT com seu Nissan GT-R, um carro dos sonhos pra muita gente e odiado pelos ex-funcionários da marca que estão em casa tentando pagar as contas de da demissão em massa tempos atrás.

Outro nome que conheci em 1996, quando a Fórmula Ford dava adeus a uma história de sucesso nas pistas brasileiras, foi Jaime Mello Júnior, piloto da equipe Risi Competizione detentora de uma Ferrari F430 GT (foto) que venceu, em companhia de Mika Salo e Pierre Kaffer, a divisão GT2 das 12 Horas de Sebring, Estados Unidos, neste final de semana. Esta foi apenas mais uma vitória do rapaz que há muitos anos tem uma vermelhinha nas mãos e vive a vida de forma aparentemente tranqüila, sem pressão extra da imprensa ou qualquer lance estranho que acontece com nomes mais conhecidos entre nós.

A última vez que conversei com Jaime foi há pelo menos cinco anos atrás, durante uma etapa ou da World Series ou nas Mil Milhas aqui no Brasil. Ele me pareceu sério, porém focado em novos rumos, dos quais parecem ter dado certo.

Em uma entrevista que fiz anos atrás com Roberto Streit, outro brasileiro que tem uma vida diferente do outro lado do mundo, recebi um contraste gritante da vida que um piloto tem por ali. Não me lembro muito bem dos detalhes, mas o apoio e a condição que o esportista profissional recebe no oriente não tem nada a ver com o que temos por aqui e, se bobear, em todo o continente americano. Pois para correr lá em cima, nos Estados Unidos, tem mesmo de pagar.

Parece-me que no Japão ou em países que decidiram dar a volta por cima depois de tantas guerras e coisas ruins, existe o bom senso entre empresas de apoio e equipes que cuidam de seus pilotos como verdadeiros profissionais. Ou seja, eles são funcionários oficiais dos cartolas. Por isso, existe o pagamento pelo trabalho bem feito de forma comum e fácil de entender.

Assim sendo, o foco dos garotos mudam. Pois ao invés de pensar se vão ou não conseguir largar no próximo grid, eles se preocupam apenas com a curva seguinte, já que o trabalho com a papelada financeira parece ficar por conta das equipes e dos promotores do campeonato.

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