terça-feira, 5 de janeiro de 2010

URBANÍSSIMO

Não bastasse pouco mais de 12 horas após o anúncio aparentemente oficial do traçado que irá receber a Fórmula Indy pela primeira vez em São Paulo para alguns jornalistas - ou aqueles que acreditam se encaixar no quadro da tal profissão - botarem a boca no trombone. Mas isso já era de se esperar, afinal, de chover ouro um dia desses, vai ter gente reclamando que doeu a cabeça depois da tempestade.

Tudo bem que deve mesmo haver um dedo grande de político sujo no meio, além de tropas ocultas da Rede Bandeirantes de Televisão por trás disso tudo. Mas e daí? A Fórmula Indy vem para correr na marginal do Rio Tietê! Parece um sonho para quem gosta e não apenas fala mal de corridas de carro.

O circuito foi a maior vítima disso tudo. Mas vale lembrar que nos Estados Unidos, capital da Indy, correr por ali é botar um chassi, motor e quatro pneus na pista “que a gente guenta”. Ou seja, o automobilismo é levado como coisa pra pilotos, público e até patrocinadores que realmente respiram aquilo tudo, sem frescuras e sem modéstia. Talvez por isso que o brasileiro demorou tanto a ver com outros olhos as competições que inicialmente eram chatas e hoje abrem o olho do cidadão que liga a TV numa tarde chata de domingo para ver uma Race Car de verdade.

O traçado, pra mim, é bem legal, apesar de curto. E com o colorido todo que vão montar por ali, a coisa vai ficar bem americana.

Já estou em contato com alguns times para ver se este blog entra no páreo e, quem sabe, sorteia alguns ingressos.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PARA QUEM TEM PEITO

Timo Glock avisou: “Sou o número 1 da Virgin”. Pronto, será mesmo. Evidente que ao emparelhar com o novato di Grassi, a equipe teria de defender esta naturalidade. Mas como disse uma vez Nelson Piquet (o pai), na Fórmula 1, ou você é ou você não é o cara.

Portanto, Glock, a vítima ou bandido do GP Brasil 2008 e o bom menino da Toyota durante o que passou mostrou que começa 2010 na frente. Pelo menos no quesito peito e coragem de falar aquilo que talvez não fosse preciso dizer. Igualmente quando Senna passou Prost em algum GP de Ímola depois de combinarem a defesa na primeira fila após a largada. Ou seja, não acredite naquilo que é evidente, mas sim nas atitudes de alguém.

A temporada promete, de fato. Mas piloto que fala e não faz se dá mal. Basta então ele andar na frente do coleguinha brasileiro. Será?