quinta-feira, 18 de junho de 2009

CONVERSA DE BAR

JPS - Tenho um amigo de bairro que ás vezes compartilha uma cerveja comigo. Ele adora corridas de carro, acompanha a coisa, é um daqueles colegas com quem dá vontade de puxar o assunto, mas fala muita asneira.

Porém da última vez que conversamos ele tirou uma da cartola, com um “será que vai acontecer o que aconteceu com a Indy na Fórmula 1”? E a resposta, até o momento onde o racha parece ter mesmo acontecido, é sim. Aliás, triste sim. Afinal o que vai acontecer daqui a diante? O que vai acontecer com minhas inúmeras idéias para um grande evento ano que vem durante a transmissão da primeira etapa da Fórmula... que Fórmula?

O lado bom é coçar a cabeça e esperar por novidades. O lado eficaz foi ver que ainda há pessoas que brigam e não baixam suas cabeças. O ladro negro é ver gente tremendo para não perder o emprego e o lado aprendido foi enxergar que as coisas precisavam, de fato, mudar.

Mas tem uma pedra no caminho disso tudo e ainda não boto, pra valer, minhas mãos no fogo chamado Ferrari. Mas também não olho com profunda sinceridade para os olhos de Bernie (o baixinho que sempre admirei, mas nunca confiei) e Max Mosley. Até porque, segundo alguns comunicados recentes, muitas coisas quase pessoais foram desorientadamente situadas em folhas assinadas pela FIA, com notas totalmente incômodas sobre os trabalhos de algumas equipes que eles (os trabalhos) nada tinham a ver com o peixe.

A lição disso tudo é que a Fórmula 1 é uma empresa e não um esporte. Mas com o racha aparentemente decidido, a situação soa como se a Ambev começasse a fabricar lubrificantes. Então o negócio é esperar por boas novas.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

SEM RESPOSTA

JPS - Quando perguntei ao assessor de imprensa da StockCar sobre a falta de visão ou cuidados com o circuito argentino Oscar Galvez logo depois do acidente que quase levou embora a vida do piloto carioca Gualter Salles em 2006, sua resposta foi..... ou melhor, ele não disse nada. Nada que podia dizer, afinal. A única coisa explícita foi mencionar que todos ali na sala de imprensa do circuito, que já recebeu Fórmula 1 por algumas vezes, disseram que ele havia morrido e ponto final.

Pergunto-me, nestas horas, o que um jornalista ou assessor de imprensa pode fazer? E a resposta é nada, além de explicações não muito claras que recebem do departamento médico ou organização da prova.

Este é o lado negro da profissão que faz todos os trâmites diretos com os pilotos, conversa, recebe notas, informações, propostas de pautas, convive com um esporte naturalmente perigoso, mas que, nunca (ou quase nunca) imagina passar por uma cena triste como a que ocorreu ontem no México, qual vocês já devem estar sabendo.

Li no blog de Felipe Paranhos, jornalista e redator do site Grande Prêmio, que ele não consegue olhar com frieza para fatos como o que aconteceu com o piloto Carlos Pardo, morto depois de um acidente terrível por culpa de um muro interno não uniforme construído ali de forma mais terrível ainda.

Como o blogueiro acima, uma cena dessas é difícil de engolir. De fato. Afinal, segurança é um termo forte, mas que nunca vai englobar um esporte onde os participantes andam a mais de 250 km/h. Já a inteligência física de analisar para onde o carro pode ir em caso de um escape qualquer, esta sim ainda parece não ter sido uma façanha bem vinda aos que colocam suas notas nos bolsos a cada largada por ali.