Contrastes sempre são interessantes. E neste mundo cada vez mais liberal, um contraste respeitador é ver a mulherada acelerando um carro de competição.
Lembro-me de um álbum de figurinhas bem antigo, qual era possível comprar os pacotinhos no jornaleiro para ver se a coleção terminava ou não com as fotos (antigamente muito mais fáceis e também liberais) de carros e pilotos no final da década de 80 na Fórmula 1. E foi ali que descobri, quando ainda garoto, que uma mulher fazia parte da brincadeira.
De lá pra cá, muita coisa mudou. E rostinhos delicados entrou pra valer em competições nacionais e internacionais. E neste crescimento mulheril, mais duas lembranças interessantes.
A primeira foi ver um olhar diferente dentro de um capacete em um dia de treinos livres em Interlagos, com adesivagem externa em um Ômega da antiga Stock Car com o nome de Renata. Três voltas depois de deixar os boxes, um erro na primeira tomada do “S” do Senna me fizera conhecer a bravura verbal da loira que saía xingando de dentro do carro dizendo que direção hidráulica não foi feita para carros de corrida - e eu concordei. Depois disso, nunca mais ouvi falar dela.
A segunda foi durante uma feliz participação de um pequeno evento no que é hoje o Hotel WTC, com a presença de Paulão (Gomes), meu colega Lito Cavalcanti, entre outros companheiros de pista. Depois de algumas cervejas, descobri que uma modelo de olhos claros e vestido delicado, também presente na festa, era na verdade piloto e filha do dono do time qual convidou nós da editora para participar da festa. Seu nome era Fernanda Parra, que hoje todo mundo conhece muito bem. Aliás, me parece que ela namorou um cara qual eu já prestei assessoria de imprensa dentro do campeonato paulista de automobilismo. Mas isto é assunto para outro dia...
Fórmula 2: Enquanto a crise desperta tensão pré-temporada em algumas categorias pelo mundo afora (e por aqui também), outras coisas boas acontecem paralelamente. E uma delas foi entrevistar esta loira aí da foto, prima de Sébastien Buemi, piloto da Toro Rosso. Este que, por sinal, me passou seu telefone recentemente para também veicular uma entrevista, mas achei muito caro ligar para a Inglaterra. Então pedi para conversarmos pela web, mas o veloz rapaz parece não ter tempo para isso.
Natacha Gachnang é suíça como seu primo e ano passado fora terceira colocada na Fórmula 3 espanhola. Seu caráter feminino foi explícito nesta entrevista exclusiva que tivemos com ela no final de 2008. “Agora é mais comum ver meninas em competições mundiais, mas ainda somos uma minoria, cerca de 1 ou 2% nas pistas por aí. Além disso, muita gente ainda não acredita na gente. Por isso temos de provar nosso nível de competição a casa prova muito mais do que os outros”, disse, com razão do fato. “Tenho de admitir também que ter uma mulher nas pistas é sempre atraente para a categoria, para os meios de comunicação, entre outras coisas”.
Em relação ao trâmite da futura Fórmula 2, Natasha mostrou-se entendida e focada no assunto: “Teremos oito finais de semana com duas provas em cada um deles, no mesmo calendário da WTCC dentro da Europa, correndo em circuitos fantásticos como Spa-Francoschamps, Valência, etc... Além disso, o campeonato de Fórmula 2 está nascendo dentro de uma crise financeira, dando início este ano. E mesmo assim, a expectativa é bastante grande, com o atrativo de correr numa categoria de acesso financeiro atraente perante tudo isso”.
E o primo? “Tivemos uma relação muito próxima no passado, pois corríamos juntos. Agora toda a família está feliz com seu contrato de estréia este ano na Fórmula 1”.
“Ás vezes fazemos alguns exercícios em conjunto, mas temos ambos agendas muito ocupadas, e nem sempre temos a chance de conversarmos com muita freqüência. Mas quando eu vou a um treino dele, tenho a chance de monitorar alguns aspectos técnicos de seu comportamento na pista, e isso é muito bom para eu também aprender com ele.”, finaliza.
Já sou um torcedor da garota. E vocês?
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