sábado, 4 de outubro de 2008

DELICADAS MUDANÇAS

Há tempos, li através de um relatório fornecido pela antiga equipe Tyrrell, qual Reginaldo Leme, em uma tentativa de promover uma revista em CdRom, publicou na íntegra o lance financeiro que rolava na Fórmula 1.

Sem tocar nos detalhes, havia uma distribuição mais ou menos assim: A equipe vencedora do GP ganhava uma nota preta e o piloto, parte deste pacote. O segundo lugar na corrida garantia uma quantia um pouco menor e assim por diante. Mas no final do campeonato é que as coisas se acertavam e sobravam, para os “pobres” como a Minardi (naquela época) ainda menos recursos para se manter na categoria. Tudo por que a distribuição financeira era feita somente para os dez primeiros pilotos na pontuação final do campeonato mundial e suas respectivas equipes. Quem mal pontuava, tinha de se virar para continuar como time da categoria, que, aliás, nem mesmo apoio para transportar os equipamentos de um circuito ao outro existia.

Agora parece que as coisas vão mudar, através de uma iniciativa da FOM (Formula One Management) em dividir, por igual, os 500 mil dólares de direitos comerciais para todos os times do clube.

Notícia positiva, porém acho que a categoria gera mais dinheiro do que devia. Tudo bem que a Formula 1 deixou para trás seu tempo de óleo e graxa para se tornar fina entre as marcas mais cobiçadas do planeta e pilotos limpinhos dentro do carro. Nada contra, afinal, ter um posicionamento líder em seu nome. Mas a grana, como todo mundo já sabe, estraga tudo e tudo vira uma grande mentira.

Haja visto o “erro” obrigatório de Hamilton no GP Brasil para dar de presente o título à Raikkonnen (tradução: Ferrari) durante todo aquele lance de multas pesadas sobre a Mclaren em 2007. Uma grande mentira, porém pequena perante tantas outras que a Fórmula 1 já aprontou.

E essa distribuição de igual para igual pode não ser, também, interessante. Já que times como Williams e Honda, apesar de tradicionais, estão girando em falso para se manter na Fórmula 1. Assim, poderão ser discretamente comprados neste acordo para apertar um botãozinho de neutro vez em quando.

Sei de gente que não gosta quando eu digo que tudo é uma grande mentira. Mas a realidade é mesmo esta, apesar de saber que não há nada que substitua, ironicamente falando, a verdade de cada piloto.

Sinto falta de alguns Ayrton Sennas por aí. Cabra conhecedor de negócios, fazia com que a equipe trabalhasse para ele, e não ele para ela. Isso sim não é mentira.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

ALGUMAS COISAS FICARAM NO AR

Algumas coisas na vida passam e ficam sem boas explicações.

Uma notícia como ESTA AQUI eu não costumo colocar neste blog, já que eu não tenho nada a ver com a vida particular de cada piloto, cada assessor de imprensa ou cada empresário deles.


Porém refrescando a memória, Hélio Castro Neves tivera há anos atrás alguns "probleminhas" com Emerson Fittipaldi. E não sei não se alguma coisa entre eles está relacionada a este dado que li hoje no TERRA.

Espiem e passem as opiniões (ou descobertas)...

Outro link interessante é ESTE, retirado do blog do jornalista Fábio Seixas. Nele, a documentação oficial do bagulho.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ALONSO CORRENDO POR PIZZA

Semana passada, terminei um livro chamado Jogando por Pizza, de John Grisham, um excelente autor norte-americano que já viu suas idéias serem transformadas em filmes como O Cliente, A Firma, etc...

Neste, ocorre a estória de um jogador de “football” americano que se dá mal, afunda seu time nos Estados Unidos e consegue corrigir os efeitos negativos da alma conhecendo, através de seu manager (que, aliás o despacha como cliente), o mesmo football, porém este, jogado na Itália.

Ali ele conheceu jogadores que, além de mal pagos, se enfrentavam nos campos com prazeres diferentes, com intuito mais esportivo do que contratos e negócios. No final de cada jogo (principalmente quando a vitória era alcançada), uma noite de pizzas e cervejas brindava a felicidade do Parma Phanters.

O livro é pequeno, a estória é bem legal e eu adorei. E olha que existe mesmo football americano lá na terrinha!

Não que Alonso tenha afundado a Minardi quando estreou na Fórmula 1, mas este livro, que conta a recuperação e a volta por cima de um esportista fez-me lembrar o piloto espanhol, qual já disse por aqui que não vou com a cara.

Vamos aos fatos:

Minardi 2001 – Companheiro de Tarso Marques, seus resultados não foram expressivos, porém me parece que já havia um contratinho bem guardado com a Renault... afinal, negócios são negócios.

Test Drive Renault 2002 – Sumiu do mapa para conhecer melhor a equipe e o carro.

Renault 2003 – Pole-position e vitória na Hungria, tornando-se o piloto mais jovem da história da Fórmula 1 a vencer um GP. Começava, então, a moral do cidadão.

Renault 2004 – Nada demais, além de três pódios e nenhuma vitória.

Renault 2005 – Campeão do mundo com glória e um carro de assustar. Quem não se lembra das largadas “mágicas” dos dois carros azuis do grid?

Renault 2006 – Título sem méritos. Quem merecia mesmo era o Schumacher, que “cagou” em Hungaroring, o mesmo circuito onde Alonso venceu pela primeira vez na categoria.

Mclaren 2007 – Contrato mágico com o time inglês. Porém outro Hamilton roubou a cena e a Mclaren cagou gostoso no campeonato, aprontando a “sacada” de inventar que o piloto inglês errara no GP Brasil para dar o título à Raikkonnen.

2008 – A volta por cima. Cruel e insatisfeito, rompeu com a Mclaren de forma meio grotesca e voltou aos braços de Briatore.

2009 – Ali, ainda aguardando um contratinho (se é que já não está assinado) com a Ferrari.

2010 – Título, ou carreira encerrada. Correndo, literalmente, por pizza.

Resumo da ópera: Gosto de pilotos assim, compenetrados naquilo que faz. Ele é bom, todo mundo sabe disso, porém continuo não gostando dele...

Eu já contei aqui a história dele com uma garotinha em um posto de gasolina de São Paulo? ... Fiquem então na expectativa de um novo post.

Editora Rocco

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

VOANDO BAIXO COM RICARDO

MAMMA MIA! Este link aqui peguei lá no blog "Voando baixo" do colega xará Rafael Lopes (globoesporte.com).

Depois de sua apresentação com o carro Honda F1 2008 em um evento promovido pela marca, Ricardo Patrese dá um presentaço pra sua esposa.

Vale a pena conferir o vídeo por três motivos:

1º O desespero da esposa de Ricardo Patrese com a supresa do querido piloto italiano;

2º A tranquilidade de quem conhece e sabe o que faz;

3 º Matar a saudade deste ícone das pistas.

É de fazer rir!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CANDIDATA

Minha candidata para prefeita de São Paulo. Segue cópia da mais recente postagem de seu blog para fazer entender a cabeça aberta dessa menina.

"""Já que a tendência agora é oferecer muito mais coisas bem baratinhas ou de graça para a população – e tudo isso sem aumentar impostos, sem novas taxas, sem pedágio urbano! – eu tenho uma nova proposta de política pública: GPS grátis para todos! Todo mundo (motoristas, motociclistas, ciclistas e até pedestres) tem o direito a ter, sem custo algum, uma daquelas maquininhas que vão explicando o caminho, baseadas em sinais enviados por satélites.

Falando sério agora, eu gostaria de saber quantas horas e litros de gasolina foram gastos enquanto eu me perdia pela cidade nessa campanha. Às vezes porque o lugar era completamente desconhecido para mim e, mesmo tendo consultado um mapa, não conseguia me localizar porque AS RUAS NÃO TÊM PLACA! Fala-se muito da imensa produção legislativa no que diz respeito a nomes de ruas (e, saibam todos, nem todos os “projetos de nome de rua” são irrelevantes, mas deixa esse assunto para depois), e mais uma vez existe uma discrepância entre a produção de leis e sua execução. Tem muita rua sem nome? Tem. Com nome repetido? Também. Mas o que mais tem é rua com nome e SEM PLACA.No Parque Novo Mundo (ZN) ou no Jardim Capela (ZS), isso tem desdobramentos curiosos. Você pergunta para as pessoas “onde fica a rua tal?”, e elas não fazem idéia. Mesmo que morem no lugar há anos e a tal da rua seja logo ali, numa paralela. Não têm muito conhecimento, muita identificação com o lugar, não têm raiz. É diferente de percorrer mil vezes uma rua super familiar e se surpreender ao descobrir seu nome, como às vezes acontece. As pessoas não sabem quase nada sobre o seu lugar, não é só o nome da rua – não adianta perguntar pelo Núcleo Cristão, pela Associação de Moradores, quase ninguém sabe onde é.

É sintomático ver quanta gente mora em um lugar – não por coincidência, um lugar pobre, feio – e não têm referências sobre ele. Algumas vezes me perdi pela absoluta falta de orientação. Uma noite, me enganei na saída de uma ponte na Marginal Pinheiros – coisa mais fácil, já que os acessos são caóticos e mal sinalizados – e caí na João Dias (ZS), quando queria pegar a própria marginal. E pra fazer o retorno? Uma odisséia. As ruas ao lado da avenida não seguem a menor lógica de mão e contramão. Depois de tentar várias vezes fazer uma volta no quarteirão e acabar indo para cada vez mais longe, achamos uma placa – lááá em cima – indicando retorno. E o retorno indicado também é longo, pouco prático. Se não fosse um sábado à noite e sim uma sexta de manhã, eu teria ficado muito tempo presa no trânsito – e ajudando a piorar o congestionamento.

Na Avenida Aricanduva (ZL), também erramos uma saída e penamos para encontrar o retorno. E, se não me engano, a famosa Ponte Aricanduva NÃO CHAMA Aricanduva. É que nem aquela indicação para “Ponte E. Roberto Zuccolo”, na pista expressa da marginal Pinheiros – muita gente precisa de bola de cristal para saber que essa é a Ponte Cidade Jardim (nome que aparece em outra placa, mais suja, mais feia, mais escondida). A chance de perder a entrada da Cidade Jardim e ter de percorrer à toa um pedação de marginal e ir parar na infernal Eusébio Matoso é enorme. Ou seja, mesmo em lugares conhecidos, a chance de perder o rumo está sempre presente. Descendo a Rua do Seminário e tendo de adivinhar qual é o acesso para a Mooca, entre todas as alternativas que se abrem no semáforo. Seguindo a Washington Luis e tendo de adivinhar qual é o acesso à Vicente Rao, à Vereador João de Luca (a placa que indica o acesso não informa, e o diabo das avenidas também não têm placa nenhuma com seu nome, a não ser alguns quarteirões adiante).

Descendo a Roberto Marinho e quase perdendo o rumo porque uma placa “Santo Amaro – Largo 13” indica um retorno à esquerda, mas depois do retorno não há nenhuma outra informação (eu sei que preciso virar à direita na Avenida Santo Amaro, mas e se não soubesse?) E tem uma outra praga em São Paulo: a sinalização das praças. Realmente, nesse caso há uma festa das denominações – qualquer pedacinho de terra não-edificado numa esquina vira “Praça”. E ganha um nome – às vezes quilométrico – sem muita identificação com o entorno (ainda que o homenageado mereça virar nome de praça e tenha uma história bonita na região, as pessoas nunca vão se referir àquele lugar pelo nome dele!).Quando surge, então, uma praça, some a identificação da rua e você perde, mais uma vez, o rumo. Mesmo que esteja no lugar mais conhecido do mundo!

Uma vez, precisei ir a uma reunião na Associação dos Delegados na Avenida Ipiranga. Não sabia em que parte da rua ficava o número mil e pouco. Pois bem: chegar à Ipiranga na altura da Praça da República é ficar completamente no deserto em relação à numeração da avenida. Um absurdo!

Anteontem, tive um encontro com o SETCESP na AMCHAM. Peguei indicações precisas no Google Maps – “6 km de Avenida Santo Amaro desde a São Gabriel, direita na Antonio das Chagas, direita na Estilo Barroco, esquerda na Rua da Paz”. Que bom, facílimo! Só que a Antonio das Chagas, que de fato é uma travessa da Santo Amaro pouco depois do Borba Gato, não “chega” até a Santo Amaro – porque na esquina tem uma praça batizada com o nome de alguém, e a Antonio Chagas fica sem nenhuma indicação de sua existência. Bom, agora preciso sair, minha carona tocou o interfone. Talvez eu me perca mais um pouco e volte com mais histórias para contar."""

01 VÍDEO

Paul entre cinema e corridas. Vale a pena ver o entusiasmo do ator/piloto clicando AQUI

FOTO HOMENAGEM




PAUL E A NOITE É UMA CRIANÇA

Paul Newman morreu na sexta-feira e todo mundo já sabe disso. Há pelo menos um mês atrás escrevi sobre ele num comentário que deixei lá no blig do Gomes. E agora chegou a hora de deixar alguma coisa por aqui.

Eu só descobri que ele era dono/sócio da antiga equipe Newman Haas depois de um bom tempo em que já escrevia sobre a categoria ((fato muito parecido quando soube que Dinho Leme, amigo e irmão do mais famoso Reginaldo, era o baterista da banda Mutantes)). E depois do descobrimento, um agrado ao ver o famoso ator com fones de ouvido nos pit-lanes da Indy por aí.

Fuçando um pouco mais, acabei encontrando mais coisas sobre este homem, um apaixonado por corridas de carro (e piloto) que num certo dia disse, ao receber seu Oscar: "Melhor que isso, só um trofeu de Le Mans".

Newman, se o conhecesse pessoalmente, talvez seria um daqueles amigos que a gente quer conversar todos os dias, pois adoro cinema e me alimento de automobilismo.

Adeus Paul.
Que pena!
Que belo agrado ao automobilismo!
Que belo agrado ao cinema!
Que belo agrado ao mundo!!!


GP de Cingapura: Cruel entender que a pista é muito ondulada. Ondulados são os pilotos e as equipes que parecem ter preguiça de entender certas dificuldades, singulares para cada circuito.

Daqui a pouco vão pedir para os traçados não terem mais curvas, pois assim fica mais fácil pilotar, acertar o carro, etc...

Caso Massa: Uma vergonha vermelha. Porém mais uma entre tantas outras descaradas na época de Barrichello. Mas foi angustiante.

Alonso: Mereceu e ponto final. Mas continuo não gostando dele e ponto final também.


Até!