sábado, 18 de julho de 2009

FALA MUITO, MAS FAZ.. E FAZ FALTA TAMBÉM

Jacques Villeneuve é muito mais que um rapaz bonitinho e cheio de fãs para todo lado.

Houve um tempo, acho que em 1999, que adquiri amizade com uma brasileira que trabalhava na BAR, equipe ainda jovem na Fórmula 1 que tinha como piloto ele e Ricardo Zonta ou Olivier Panis.

A garota, safadinha pra ser sincero, dizia que Villeneuve não dava muita bola para ela e para muita gente. Simples entender o garoto: Ele gostava era de pilotar. Mulheres também, é claro, mas sua vida no asfalto era séria .. Ou melhor, é.

Os boatos de seu interesse em retornar a Fórmula 1 depois da passagem pela SpeedCar Series pela equipe Durango e algumas presenças estranhas como a deste final de semana em Interlagos, que aposto ter sido paga pela organização da Fórmula Truck - a não ser que sua participação em outra etapa da Top Race Influenza H1N1 tenha sido mesmo verdade – foi confirmada.

E um de seus comentários nesta tarde no circuito paulista foi entender que, mesmo com o teto orçamentário oficialmente colocado em prática na categoria (o que não deve acontecer), ele estaria ali. Ou seja, mesmo depois de 12 anos após seu título merecido, o piloto canadense continua o mesmo: Sem frescuras, com vontade de fazer o que gosta e dizendo aquilo que acha.
Lembro-me de uma de suas pérolas, quando a categoria tinha interesse de reduzir a velocidade ou alguma nota prática mais firme para “frear” os riscos do piloto. Algo em torno de “quem é piloto, tem que assumir seus próprios riscos” fizeram-me gostar do cara.

Outra aconteceu no circuito de Magny-Cours, durante os treinos para o GP da França (ainda na Williams), quando ele escapou no curvão 2, bateu forte e correu para os boxes, para dizer mais tarde que se não entrasse no carro naquele momento, não entraria nunca mais.

Villeneuve fez lembrar Piquet. E já que o filho está saindo, que entre mais um bom vilão para esta nova Fórmula 1, qual, sinceramente, estou com medo de ver a coisa borrar pro lado de fora do guard-rail, no interesse público e do desgaste de situações já bastante cansativas.

DETERIORAÇÃO DE MERCADO

JPS - Nesta semana, recebi um informativo do grupo Lotus dizendo que o chefe executivo da empresa, Mike Kimberley, anunciou que sua demissão por motivos coerentes de saúde, através de conselhos médicos que propunham sua aposentadoria depois de uma notável carreira na indústria automóvel ao longo dos últimos 56 anos, trabalhando com alguns dos grandes engenheiros, inovadores e líderes de empresas do mundo motorizado, começando como um aprendiz na fábrica da Jaguar em 1953 antes de progredir rapidamente para se tornar líder no setor de Projetos Especiais em 1965, quando fora desenvolvido o famoso modelo Jaguar XJ13 Le Mans.

Em 1969, ingressou no grupo Lotus pouco antes de ser o responsável por alguns mitos da fábrica, como o modelo Esprit, Eclat e o Lotus Elite. Depois da morte de Colin Chapman, em 1982, Mike se tornou CEO do Grupo, tornando-se presidente do Moog Systems Inc., além da administração na diretoria de diversas segmentações na empresa.

Entre um ano e outro, Mike também assumiu a diretoria geral da Automobili Lamborghini SpA e Tata Motors, antes de assumir por vez o CEO maior do grupo Lotus em 2006.

Pessoas deste garbo, como pilotos que antigamente víamos fazer coisas mágicas nas pistas pela simples paixão de dirigir e ir mais além, como foi para Mike no quesito executivo, está difícil de ver acontecer devido a uma sociedade mundial menos prestigiada pelas longas carreiras de verdadeiros profissionais.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

NEM TUDO ACABA EM PIZZA

JPS - (mas se acabar, por favor, uma marguerita... clássica) Falar mal do país, falar mal do governo e reproduzir efeitos na mídia virou moda há muitos anos.

Desde que me entendo por gente, ouço da boca do povo tudo aquilo que não presta. Mas só depois de grande é que as coisas começam a dar uma comichão involuntária quando o assunto é frio e mal esclarecido sobre seu país, seu dinheiro e a vagabundice de muitos estranhos no congresso nacional, em casa, na padaria e em qualquer lugar.

A frase de Lula em respeito a CPI da Petrobras, quando mencionou que os senadores são “bons pizzaiolos”, não foi, a meu ver, uma enrascada cruzada sobre a oposição e a estatal.

Pra dizer a verdade, há tempo estou entendendo que o presidente, sem querer querendo, solta algumas palavras querendo explicar com bom humor, qual a mídia absorve aquilo que... não presta.

Pessoas podres fazem de seu país uma podridão. Pessoas que se aproveitam de coisas irônicas para ganhar audiência e afundarem ainda mais a falta de conhecimento e a chance de saber algo verdadeiro naquilo que acontece com seu país, seu dinheiro ou pelo menos o sentido das coisas, são os próprios lixeiros.

Não gosto de política. Mas gosto ainda menos de ver a mídia acima dos próprios rumos e opiniões naquilo que vai ser publicado, falado e absorvido por um povo que ainda tenta acreditar em alguma coisa.

Em paralelo: A Catho Online revelou esta semana que apenas 15% dos trabalhadores brasileiros conseguem tirar um mês de férias. Você é um deles?

terça-feira, 14 de julho de 2009

A VERDADEIRA NOTÍCIA

O jornalismo como um todo vem perdendo espaço para um mundo novo, onde velhos conservadores da profissão estão cada vez mais arrancando seus poucos fios de cabelos e perdendo o jogo de cintura mentiroso depois no nascimento de redes quais, criadas com inteligência moderna e expressamente simples, agregam a interatividade como a nova deusa das relações cyber-humanas.

E a onda do twitter, que confesso demorar um pouco para entender a ferramenta antes de praticá-la como uma quase “necessidade” diária (para não dizer horária), está chamando atenção de muita gente por oferecer tudo a todos de forma direta e grátis (por enquanto), além de ser também um espaço único e livre para debates, soluções, informações quaisquer, publicidade, conveniência e tapas na cara digitais aos que, talvez, mereçam.

Semana passada li que o apresentador e professor Tibúrcio Marcelo Tas trocou alguns tapinhas com alguém que não me vêm a cabeça agora.

Mas o furo do dia foi ver Nelson Ângelo Piquet atirando ásperos trocadinhos sobre Galvão Bueno, que parece ter mencionado durante a transmissão do GP de Nurburgring que ele estava enfim demitido pela equipe Renault já na próxima etapa, que acontece no circuito húngaro de Budapeste.

Mais interessante ainda foi ver que o negócio repercutiu até mesmo na agência de notícia Comunique-se, que colocou em pauta de capa o seguinte link: NELSINHO PIQUET DESMENTE GALVÃO BUENO PELO TWITTER (reprodução acima).

Melhor tomar mais cuidado com boatos...

UM PEQUENO SINAL DE ARREPENDIMENTO

(Mas ainda não desce...) Por mais que tenha justificativas coerentes, a palavra de Stefano Domenicali, mencionada dias atrás, não faz muito sentido.

Ás vésperas de uma decisão final sobre o que vai, afinal, acontecer ano que vem, o novo cúmplice de Maranello anunciou que as conseqüências deste empate sobre ser ou não ser uma nova categoria da qual a Ferrari faria parte, incomodou o desempenho dos carros este ano.

Uma desculpa meio sem nexo, no meu ponto de vista. De qualquer modo, “bateu” como um arrependimento depois que Luca di Montezemolo encabeçou a FOTA de forma mais árdua na luta por aquilo que todo mundo já sabe.

Acontece que mais uma vez não consigo engolir estas façanhas estranhas que a Ferrari comete, propõe e fala. A mídia está lá, para qualquer espirro que um deles solte sem querer. Mas na maioria das vezes, qualquer letra a mais ou menos que o time italiano coloque no papel ou nos estranhos microfones europeus, tem lá suas devidas explicações que empurram “involuntariamente” motivos a favor dos carros vermelhos.

Salvem Felipe.

domingo, 12 de julho de 2009

QUANDO O ADEUS É MAIS FELIZ

Quando perguntei a Cristiano da Matta durante sua primeira passagem pelo Brasil como piloto da Toyota na Fórmula 1 - talvez em 2003, se não me falha a memória – o fato de apenas Villeneuve e Montoya terem “dado certo” na categoria após conquistas no automobilismo norte-americano, mais precisamente na antiga Champ-Car, sua resposta foi inteligente e, como sempre, muito educada. Dissera então que não havia motivos claros deste porque, mas que não acreditava nos números e sim naquilo que estava aprendendo com muita disposição.

Pois bem, eu acreditei em partes na palavra do piloto mineiro. Primeiro porque entre suas menções, disse que aprender a frear durante a curva era bastante interessante. Mas por outro lado, apesar de sentar em uma equipe que até agora não rendeu o quanto prometia render desde aquele tempo, Cristiano não obteve resultados ao menos expressivos ali atrás e deixou a categoria. Ele, Zanardi, Michael Andretti e agora Sebastian Bourdais.

Há tempos estou para escrever sobre esta pauta, mas aguardava o melhor momento para soltar. Então legal agora dizer que a antiga Fórmula Indy, Fórmula Mundial ou Champ-Car era, em absoluto, uma categoria para homens de verdade. E entre os homens, alguns vencedores marcantes quais mencionados acima tiveram suas vidas profissionais torradas pela Fórmula 1.

Alguns por ali preferem continuar sendo pagos para responder atividades ligadas ao posto de fantoches, como aquele brasileiro que a gente conhece muito bem. Já outros preferem despedir dos amigos ao - vivo pela TV, e continuar uma vida feliz com sua família. E quem sabe, de volta as origens nos circuitos ovais e mistos de uma categoria muito mais interessante da qual assistimos em algumas manhãs estranhas de domingo.

Vale a pena ter:

Este DVD, distribuído pela DUKE Video mostra a temporada completa da champ-car de 2007, último ano de Sebastian Bourdais por ali.
Assistam e analisem...