Houve um tempo, acho que em 1999, que adquiri amizade com uma brasileira que trabalhava na BAR, equipe ainda jovem na Fórmula 1 que tinha como piloto ele e Ricardo Zonta ou Olivier Panis.
A garota, safadinha pra ser sincero, dizia que Villeneuve não dava muita bola para ela e para muita gente. Simples entender o garoto: Ele gostava era de pilotar. Mulheres também, é claro, mas sua vida no asfalto era séria .. Ou melhor, é.
Os boatos de seu interesse em retornar a Fórmula 1 depois da passagem pela SpeedCar Series pela equipe Durango e algumas presenças estranhas como a deste final de semana em Interlagos, que aposto ter sido paga pela organização da Fórmula Truck - a não ser que sua participação em outra etapa da Top Race Influenza H1N1 tenha sido mesmo verdade – foi confirmada.
E um de seus comentários nesta tarde no circuito paulista foi entender que, mesmo com o teto orçamentário oficialmente colocado em prática na categoria (o que não deve acontecer), ele estaria ali. Ou seja, mesmo depois de 12 anos após seu título merecido, o piloto canadense continua o mesmo: Sem frescuras, com vontade de fazer o que gosta e dizendo aquilo que acha.
Lembro-me de uma de suas pérolas, quando a categoria tinha interesse de reduzir a velocidade ou alguma nota prática mais firme para “frear” os riscos do piloto. Algo em torno de “quem é piloto, tem que assumir seus próprios riscos” fizeram-me gostar do cara.
Outra aconteceu no circuito de Magny-Cours, durante os treinos para o GP da França (ainda na Williams), quando ele escapou no curvão 2, bateu forte e correu para os boxes, para dizer mais tarde que se não entrasse no carro naquele momento, não entraria nunca mais.
Villeneuve fez lembrar Piquet. E já que o filho está saindo, que entre mais um bom vilão para esta nova Fórmula 1, qual, sinceramente, estou com medo de ver a coisa borrar pro lado de fora do guard-rail, no interesse público e do desgaste de situações já bastante cansativas.
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