sábado, 4 de julho de 2009

NÃO CUIDARAM DA JÓIA

JPS - Ricardo Maurício é daqueles caras onde a simples qualidade humana perde pela tamanha humildade e tranqüilidade que este rapaz passa para quem o conhece de perto. O título em 2008 e a pole-position conquistada neste sábado só agrega mais credibilidade a Ricardinho, que livre, leve e solto parece estar cada vez mais feliz com a vida que leva e ama. Afinal , só este ano, me encontrei com ele pelo menos umas cinco vezes, em provas quais não eram, em nenhuma delas, Stock-Car.

E é isso que Ricardo e outros tantos nomes devem ficar “de olho” daqui a diante, pois percebo que a categoria, apesar da promessa de autódromo cheio amanhã (e vai mesmo estar, porque o povão que não conhece bulufas nenhuma vai pra lá ouvir os roncos e ficar feliz na hora de voltar pra casa com o horror de um trânsito estranho em pleno domingo) leva a crer que desta vez a Rede Globo vai transmitir a prova na integra.

A categoria em si, qual acompanhei in-loco desde o pulo dos Opalões para os Ômegas rebaixados e perigosos, cansou pra muita gente. Continua sendo disputadísima, tem muitos recursos na logística (menos no quesito hospedagem direcionada as equipes), nomes interessantes e bem legais de ser ver, patrocinadores bêbados no paddock, mas não tem mais aquilo que precisava manter como jóia mais cara: O carisma.

Coisa que Ricardinho têm, de sobra.

QUASE NINGUÉM VIU

JPS - Deixando um pouco o automobilismo de lado e dando ênfase anterior a morte de Michael Jackson, antes de “mergulhar” nos setores turismo e gastronomia durante dois dias de cobertura com árdua network no Salão do Turismo, voltei recorrer aos arquivos estranhos de meus CDs quais, vagarosamente, estão sendo transformados, catalogados e trancados a sete chaves em meu novo local de trabalho.

E hoje, com uma grata surpresa, encontrei algumas dezenas de fotos feitas pelo fotógrafo Paulo Varella, um amigo qual já mencionei por aqui, mas vale lembrar sobre seu trabalho totalmente free quando ainda morava na Inglaterra e queria, por algum motivo, fornecer material, adquirir credenciamento e conhecer melhor os trâmites mágicos que acontecem no cerco entre jornalistas e fotógrafos de pista.

A imagem acima, feita em 2004, apresenta a preparação de Bruno Senna Senna para sua primeira corrida oficial nos circuitos, após largar sua curta carreira de kartista no Brasil.

Senna, pelo que deu a entender naquela época, foi mesmo empurrado por Gerhard Berger na participação das últimas etapas da Fórmula BMW inglesa, qual Bruno sentou em um dos carros da equipe Carlin Motorsport.

Não me lembro de seus resultados, mas lembro muito bem que Paulo, chegando ao Brasil, me disse que Viviane, a mãe de Bruno, estava num aperto daqueles ao ver o filho com a cara do tio, sentado naquele carro cinza que estranhamente poucos brasileiros puderam ver em alguma nota de mídia. E o motivo fora ter apenas um fotógrafo brasileiro na ocasião, além do repórter global Caco Barcelos, que desfrutava de seus últimos anos morando por ali.

A foto compartilha a verdade.

Fato interessante e o contraste do mercado: Lembro também que Paulo acabou mandando uma foto para uma mídia pequena na Inglaterra, qual o crédito da imagem já valeria para seu nome, ainda novo no meio. A nota foi extremamente pequena, mas o cheque de algumas libras chegou rápido em sua casa, assinado pela editora do veículo.

Por aqui, fazer de graça parece sair caro para alguns empresários imprestáveis que eu, você e muita gente conhece por aí.