terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O OUTRO LADO DA COISA

Ainda não li o que Nelson Ângelo Piquet escreveu, por completo, em seu site sobre a nova fase que enfrentará no automobilismo norte-americano.

Mas como muita gente já deve ter visto, existe ali um toque de ponto final ao que parecia ser abandono total de carreira para o brasileiro.

Para quem lê e acompanha este blog sabe que sempre enxerguei Nelsinho um piloto nada adaptável para a Fórmula 1 durante o pouco tempo que ficou por ali. Mas também aparelho as pressões de um time falho como a Renault depois que todas as verdades vieram à tona.

Ser piloto de corridas deve ser mesmo bem bacana. Mas ser piloto de ou para alguém, a história é completamente outra. Ou seja, correr para um time que determina cada metro acelerado pelo empregado/piloto não justifica a vontade que viera desde sua juventude no kart, fazendo sua própria estratégia a cada volta, sozinho, dentro de seu capacete.

Aquele que se encanta com a palavra emprego durante toda sua vida, acreditando que trabalhar para uma boa empresa é melhor do que ter sua autonomia em criar, reproduzir e administrar o seu próprio negócio, acaba morrendo sem deixar marcas, além de um quadro com homenagens na sala do diretor.

Para isso existem as diferenças.

E é por isso que nosso mundo às vezes tem graça, por saber que ainda tem gente que procura a liberdade como ato primário de suas vidas.

Nelsinho e a Nascar devem se dar bem. Não que ele tenha uma adaptação rápida, mas parece que, mesmo empregado, ali ele pode virar para o lado que bem quer, sofrendo menor atrito entre a voz do rádio e sua própria idéia do que fazer para se dar bem.

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