Quando o primeiro jornalista que conheci nas pistas recebeu a pergunta de um estranho sobre um possível trabalho fotográfico no casamento de Rubens Barrichello, sua resposta correlacionou um exemplo que levo, até hoje, em meus trabalhos nas pistas. Afinal, “não havia nada de automobilismo por ali”, conforme suas palavras. Então é por isso que desde já não há porque mencionar nada sobre o caso Helio Castro Neves por aqui, além de dizer que é uma satisfação pessoal vê-lo de volta dentro de um carro.
Interessante ver que o automobilismo norte-americano tem sua auto-sustentação. Mesmo em uma era de crise, parece sempre haver um “jeitinho” das coisas acontecerem da melhor forma possível.
A primeira vitória do vovô Gil de Ferran (foto) na American LeMans Series provou que brasileiros bem sucedidos continuam fazendo sucesso por ali. E estão também, é fato, sendo relativamente bem remunerados.
O post onde mencionei a saga de Dário Franchitti, o vencedor da prova de Long Beach neste final de semana, sobre sua rápida e financeiramente triste passagem pela Nascar apresenta uma crise verdadeiramente existente por ali. Mas nunca houve, em nenhum momento, uma prova dessas em alguma divisão nobre como a Winston Cup onde as arquibancadas não estiveram cheias, ou quase abarrotadas de gente que não assiste, mas torce pelo seu piloto.
É... o povo americano sabe lidar com estas coisas, ou seja, com eles mesmos. Diferente daqui e de tantos outros países do chamado “terceiro mundo”, que bate na tecla “exterior” com o ar da graça de que um dia seremos iguais a eles.
“Não chorem, mas já desviamos nosso rumo quando ainda éramos humanos” -
Frase de um Hell Angel mencionada em uma mesa de bar perto do Colorado, no final da década de 60.
Mas para o bem de todos, algumas coisas estão acontecendo e por aqui as coisas podem esquentar pra valer na Stock car, já que a prova de abertura da GT Brasil, que acontece semana que vem em Interlagos, deve abalar algumas estruturas comerciais na querida, porém velha Stock. Querem apostar?
Um comentário:
Dava uma dó ferrenha ver o Gil de Ferran não ganhar em Long Beach.
Em 96 liderou 100 das 105 voltas, em 97 acho que foi freio e em 98, câmbio.
Agora ele finalmente conseguiu, pela primeira vez na VIDA ganhou lá, é como se fosse um título pra ele. ;)
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