terça-feira, 7 de abril de 2009

POUCOS SE ACOSTUMAM

SP - Não me lembro se foi em sua prova de estréia ou pouco depois dela, quando perguntei ao piloto Gustavo Sonderman sobre sua avaliação ao lidar com o modelo Stock Car nacional depois de voltar da Europa e deixar para trás o sonho do “chegar lá”, após uma temporada na Fórmula Renault divisão européia. Ele, como tantos outros, que pularam da mesma categoria aqui no Brasil e se mandaram lá pra fora com a esperança de fazer alguma coisa no outro continente, não deu certo.

A resposta do rapaz pra minha pergunta soou como “...é estranho demais frear este carro, totalmente diferente de um fórmula. Ali as coisas acontecem mais rápido e para quem está acostumado com este tipo de carro, não há como entender porque eles demoram tanto para reagir”, dizia ele com uma cara desanimadora.

Não é por menos. O mesmo fato aconteceu há meses atrás com Dario Franchitti (foto), o piloto escocês que decidiu conhecer de perto a NASCAR para nuca mais voltar, apesar de mencionar aos jornalistas norte-americanos que seu retorno a Fórmula Indy este ano apresentava uma força mais interessante em seu quesito pessoal quanto profissional. “Tive de aprender a pilotar um carro completamente diferente, com um feeling diferente, mais agressivo. Tudo isso me fez aprender coisas novas, mas nunca antes eu havia passado por momentos tão decepcionantes como o fato de ter de parar de correr na metade do campeonato sem patrocinador suficiente”, disse. “Mas tudo isso me fez crescer como pessoa”, conclui após não ser totalmente despachado pelo mesmo time que o fizera voltar para a Indy, e receber a bandeirada de quarto colocado na prova de St. Petersburg, domingo passado.

Caso sério: Enquanto aguarda o julgamento final, suponho que Helio Castro Neves assistiu a prova na TV de casa. Uma pena para tudo e todos. E sempre que vêm á tona a nota sobre suposta sonegação de impostos americanos, lá vem também a frase que meu pai disse assim que soube do caso: “Ali não tem desculpas”... Nunca consegui entender muito bem o que aconteceu entre ele e Emerson Fittipaldi quando foi quebrado o acordo entre piloto e manager, respectivamente. Mas sempre fiquei (e outros jornalistas também ficaram) com uma pulga trás da orelha sobre o caso.

O que sei e o que percebo são coisas normais de um estranho normal. Conheço ambos, conversamos algumas vezes e guardo a imagem de Emerson como aquele amigo de boteco para qualquer ocasião. Aquele camarada que você pode contar pra ligar um dia e bater um papo sobre mulheres nuas e sacanas que foram ao seu quarto na noite anterior.. Já Hélio, pouco consegui tirar uma segurança como esta. Mas de qualquer maneira, ele nunca explorou um lado negativo na frente das câmeras e muito menos na minha frente.

Por falar em Emerson, estive analisando a prova de Tony Kanaan em St. Petersburg e deu pra sacar que o cara tem um estilo de pilotagem bastante parecido com o de Emerson Fittipaldi em seus tempos de Fórmula 1. Faz a dele, não abusa, tenta segurar a onda e não reclama quando é ultrapassado. Para muitos, isto parece coisa de veado, mas para ele, suponho que o estilo é coisa de gente que sabe o que faz. Só falta um pouco mais de sorte para o baiano gente boa.

Da própria boca: Pouco antes de voltar de minha viagem de parâmetro profissional e cinco meses de moradia no litoral norte de São Paulo, adquiri um DVD qual nunca havia visto, pelo menos nos traços nacionais. Com imagens editadas pela DUKE e entrevista interessante com Emerson editada pela Abril e 4Rodas, o filme registra a palavra do “rato” ao dizer, com muita calmaria, sobre suas duas conquistas. E entre um relato e outro, apenas um é confessado, ao mencionar ter “fechado o cara” para ser campeão. Só não me lembro quem era o cara.

Suponho que Tony faria o mesmo na decisão final, e conquistaria um bicampeonato feliz e merecedor antes de tentar a vida na Fórmula 1, qual já testou e me contou uma coisa que logo mais colocarei em pauta.
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Um comentário:

claudio heliano disse...

Bom em analise do que pude ver o tonny era o melhor piloto e carro da equipe Andreeti Green e seu vacilo foi ter se tocado com pole position da prova e logo na primeira curva o pole saiu da pista e voltou logo e tonny teve o bico quebrado tendo que ir aos boxes fazer a troca e correr para recuperar.Com certeza danificou algo mais no carro do que apenas um bico.
Eu acompanhei ele ano passado com bons pegas com o helinho e ele anda direitinho.oBaiano é bom.O carro não ajuda muito e a indy está muito competitiva.
Vi um pouco da Nascar e não graça nenhuma naquelas corridas!
Conheco o Dario desde quando ela era companheiro de Tracy na antiga equipe Green em meados dos anos 90.