JPS - Em meus tempos de kart, cobrindo provas em Interlagos, Granja Viana e Itu, conheci muita gente que se deu bem e outras que se deram mal. E uma delas, entre Felipe Massa, Nelsinho Piquet, Danilo Dirani, Tuka Rocha e tantos outros pilotos, foi Alan Khodair.
Eu me lembro muito bem do dia em que em um treino ou uma prova qualquer lá em Cotia, quando o garoto recebia alguns quadros com suas fotos bem feitas e trabalhadas por algum assessor esperto - que presenteava ou cobrava caro pelos objetos - Alan parecia não dar muita atenção. Daí, saquei que “aquele moreninho metido” tinha foco e sabia mesmo equilibrar as coisas.
O garoto cresceu e pintou na Fórmula Renault aqui no Brasil, antes de pular para a Europa e correr na Fórmula 3000, categoria que deixou no final de 2004 após uma pressão que suas palavras explicam melhor. “Correr lá fora é, na verdade, muito bom. Você acaba aprendendo mais coisas do que se imagina, pois além de correr, você tem de se virar, morar sozinho, tudo isso. Pra mim, foi muito importante, até o dia em que me sentei com o vice-campeão da categoria e puxei conversa com ele, acreditando que sua carreira estava quase estourando. E foi no momento em que ouvi dele suas dúvidas para o ano seguinte do ...para onde ir?, sem patrocínios suficiente, que minha ficha caiu”.
Alan fez o que fez e voltou na hora certa. Parou de sonhar e hoje acelera com prazer uma Ferrari azul, de patrocínio garantido até 2010 na GT3 e também corre na Stock-Car, ganhando dinheiro para tal.
Ano passado, participou de uma ou duas provas na A1GP sob convite da equipe brasileira administrada por Emerson Fittipaldi, aprendeu mais alguma coisa e retornou.
Alan é piloto, está feliz e não parece ter problemas para dormir.
Um comentário:
Problemas pra dormir foi ótima. rs
O importante é aquilo que se ama com toda dedicação.
Postar um comentário