quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

POBRE PUBLICIDADE

A publicidade brasileira é realmente muito bacana e especial, graças a jovens talentos de cabeça aberta que coloca na tela da tv ou nas páginas de revistas algo tão criativo que... as vezes falha.

Um dos comerciais que não esqueço nunca é aquele das formiguinhas que subiam nas caixas de som e, com as batidas graves da potência do novo micro-sistem, saiam “voando” pela sala, rindo e se divertindo. Foi a partir deste lance que sempre fiquei de olho em novos comerciais, e sempre admirei a arte do pensar entre profissionais desta área.

Mas de uns tempos pra cá, algumas coisas ficaram estranhas. Não sei se a onda agora é criar aquilo que ninguém entende pra tentar fazer algum sentido ou se o lance é mesmo fazer o povo de idiota para consumir aquilo que ninguém, de fato, sabe porque.

Na quarta-feira passada estreou o novo comercial da Volkswagen, e nele foi criado um cachorro-peixe muito bem feito através das artes mágicas da computação que acompanha o surfista - dono do cão mergulhador – em suas aventuras na praia.

Apesar de engraçado e criativo, o que tem a ver o slogan “cabe o que você imaginar” com o carro? Ou melhor, com o cachorro-peixe que inventaram. Pois se a aberração é pequena, não cabe ao menos as toneladas de drogas que usaram para criar um comercial desses.

Mas como brasileiro é burro e cego, vai ver e gostar do lado humorístico da propaganda e comprar um Space Fox sem saber porque. Afinal, não é assim que a moda dos IPod pegou?

Pra mim, aquilo não passa de um pedaço de aço coberto por plástico que armazena um espaço maior de áudio e vídeo. Nada mais!.... Modas urbanas que fazem do povo um verdadeiro espetáculo de fantoches.

Se você for praticar uma corridinha pela manhã sem seu foninho de ouvido... ai ai ai. Está excluído da sociedade porca que vemos hoje.

O LADO ENGRAÇADO DAS COISAS: Quando eu morava em São Paulo – devo voltar em breve – eu me deslocava para meu trabalho de ônibus. E no vai e vem do trânsito infernal naquela sujeira toda que chamam de cidade, foram muitas, pra mais de cem, o número de vezes que vi um adolescente entrar cansado no busão, pegar sua mochila gay cheia de apetrechos (chaveiros gigantes de ursinhos e outras coisas que mais pareciam ser retirados de um terreiro de macumba), abrir os milhares de bolsos da mala e retirar um lindo e chocante fone de ouvido. O trabalho era tão árduo que parecia uma micro-cirurgia em meio aos panos que envolviam sua mala. Tudo isso para escutar música.

Quando é que voltaremos a ser normais?

O LADO NEGRO DAS COISAS: Vejam esta nota na íntegra retirada do BlueBus. Já que mencionei o adolescente aí em cima, dêem uma olhada no que está chegando por aí:

Alec Greven, 9 anos, escreveu 'How to Talk to Girls' (Como falar com garotas). O livro foi um sucesso na feira da sua escola, em Castle Rock, Colorado. Agora o titulo foi comprado pela editora Harper Collins. Greven dá dicas sobre como abordar as meninas - "Se eu digo 'oi' e você diz 'oi' de volta, provavalmente temos um bom começo". E compartilha sua sabedoria - "A melhor escolha para a maioria dos garotos é uma garota comum". Explica - "Lembre-se, algumas garotas bonitas sao pouco afetuosas quando se trata de meninos".

2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente a publicidade brasileira anda pobre e você disse tudo. Realmente tem comerciais que a gente não entende "bulhufas".
Xauzinho

Anônimo disse...

Pô cara falando em propaganda me lembrei das de cigarros que nunca mais vi na tv.E nunca me esqueço das de cervejas que sempre tem mulheres perfeitas e bonitas.O lance é o seguinte beba um pouco mais e aquela garota que vc achava metida e feia se torna acessível e linda(risos).