PC Quando criança, Mcdonald´s era lugar pra gente rica. Almoçava por ali depois de um bom banho sonhando com o molho especial e o gergelim no pão que o comercial cantava. Em resumo, ir ao Mcdonald´s era raro, caro, mas também era bom.
Acontece que de uns tempos pra cá, a marca do M amarelo que dava água na boca e a esperança de nossos pais levarem a gente pra lá no próximo sábado se perdeu - pra não dizer outra coisa com a mesma rima – mas fez a sua parte, pelo menos entre os membros do CEO norte-americano.
O primeiro detalhe é entender que a marca, a criação e o “Amo muito tudo isso” parte de uma ilusão sem tamanho, já que o lance do Mcdonald´s não tem nada a ver com hambúrgueres - acreditem – mas sim com terrenos e imóveis. Para quem ainda não leu ou nunca ouviu falar nisso, vale a explicação: Quando há um interesse em franquear uma loja da marca, a marca se dispõe em arrumar o terreno e o imóvel dentro da área (ou bairro) que o investidor se interessa. Logo, a franquia passa a ser apenas nos quesitos custos de montagem e recursos humanos, já que toda a parafernália, arquitetura e produto vêm dos mesmos fornecedores de outras lojas. Em resumo, é muito fácil abrir um com dinheiro no bolso e paciência para entender as políticas de trabalho.
Mas este mesmo investidor pode, como já aconteceu com muitas unidades, quebrar. Mas suas portas só serão fechadas depois da cota mínima de empate financeiro perante contrato de franquia. Em resumo, o Mcdonald´s nunca perde, naturalmente. Pelo contrário, o terreno e o imóvel, mesmo depois de inoperante, ainda será deles.
Resumo da ópera: Eu compro ou alugo um terreno, construo ou reformo um imóvel para caber aos moldes de formatação padrão de minha lanchonete, cobro uma grana que empate - dentro de um prazo estipulado - meu investimento e o interessado à “sócio franqueado” torna-se, na verdade, meu cliente, pois o terreno é meu e quem pagou quase por completo foi ele. No mais, com a força da marca, este meu cliente vende big-macs sem parar. Com o passar do tempo, ele ou seu filho vão querer mais uma unidade para continuar com a marca forte. E eu, dono da idéia e da grande sacada, não terei simplesmente mais um cara que também acreditará ser meu sócio, mas terei mais um terreno por aí.
O lado negro de tudo isso é a pauta desta postagem. Não que a onda de uma alimentação balanceada não tenha afetado as vendas do Mcdonald´s, pois acredito sim que houve uma queda legal nos números a cada fim de mês. Não há como negar também a influência de uma lanchonete diferente a cada esquina inaugurada por semana nas décadas de 80 e 90, quando comer sanduíches embrulhados virou mania no Brasil, além de outros detalhes como a entrada da Burguer King que abriu as opções de moradores nas grandes cidades como São Paulo escolherem em qual lanchonete irão almoçar no domingo antes das compras.
Acontece que a bandeira mais famosa do mundo no sinônimo hambúrguer abriu as pernas, literalmente para a qualidade, fator fundamental e qualquer estabelecimento de manipulação alimentícia.
Acontece que de uns tempos pra cá, a marca do M amarelo que dava água na boca e a esperança de nossos pais levarem a gente pra lá no próximo sábado se perdeu - pra não dizer outra coisa com a mesma rima – mas fez a sua parte, pelo menos entre os membros do CEO norte-americano.
O primeiro detalhe é entender que a marca, a criação e o “Amo muito tudo isso” parte de uma ilusão sem tamanho, já que o lance do Mcdonald´s não tem nada a ver com hambúrgueres - acreditem – mas sim com terrenos e imóveis. Para quem ainda não leu ou nunca ouviu falar nisso, vale a explicação: Quando há um interesse em franquear uma loja da marca, a marca se dispõe em arrumar o terreno e o imóvel dentro da área (ou bairro) que o investidor se interessa. Logo, a franquia passa a ser apenas nos quesitos custos de montagem e recursos humanos, já que toda a parafernália, arquitetura e produto vêm dos mesmos fornecedores de outras lojas. Em resumo, é muito fácil abrir um com dinheiro no bolso e paciência para entender as políticas de trabalho.
Mas este mesmo investidor pode, como já aconteceu com muitas unidades, quebrar. Mas suas portas só serão fechadas depois da cota mínima de empate financeiro perante contrato de franquia. Em resumo, o Mcdonald´s nunca perde, naturalmente. Pelo contrário, o terreno e o imóvel, mesmo depois de inoperante, ainda será deles.
Resumo da ópera: Eu compro ou alugo um terreno, construo ou reformo um imóvel para caber aos moldes de formatação padrão de minha lanchonete, cobro uma grana que empate - dentro de um prazo estipulado - meu investimento e o interessado à “sócio franqueado” torna-se, na verdade, meu cliente, pois o terreno é meu e quem pagou quase por completo foi ele. No mais, com a força da marca, este meu cliente vende big-macs sem parar. Com o passar do tempo, ele ou seu filho vão querer mais uma unidade para continuar com a marca forte. E eu, dono da idéia e da grande sacada, não terei simplesmente mais um cara que também acreditará ser meu sócio, mas terei mais um terreno por aí.
O lado negro de tudo isso é a pauta desta postagem. Não que a onda de uma alimentação balanceada não tenha afetado as vendas do Mcdonald´s, pois acredito sim que houve uma queda legal nos números a cada fim de mês. Não há como negar também a influência de uma lanchonete diferente a cada esquina inaugurada por semana nas décadas de 80 e 90, quando comer sanduíches embrulhados virou mania no Brasil, além de outros detalhes como a entrada da Burguer King que abriu as opções de moradores nas grandes cidades como São Paulo escolherem em qual lanchonete irão almoçar no domingo antes das compras.
Acontece que a bandeira mais famosa do mundo no sinônimo hambúrguer abriu as pernas, literalmente para a qualidade, fator fundamental e qualquer estabelecimento de manipulação alimentícia.
Minha última passagem por ali foi na unidade que fica em frente ao terminal de ônibus sobre a estação Conceição do metrô paulistano. Ao pedir um número 1 – todos já sabem o que é – a atendente me disse: “Não temos salada, pode ser assim mesmo?”. Okay, topei. Mas o pior ainda estava por vir quando fui lavar as mãos em uma ação higiênica comum e não tinha água, a não ser que abrisse o registro no alto da parede já que as torneiras estavam quebradas, com a corrente de água descontrolada vazando sobre os lavatórios. Achei que até aí eu não ia me sentir assim tão magoado. Mas almoçar numa mesa imunda depois de tudo isso me fez escrever este texto aqui.
O importante mesmo é que eles estão ricos e eu, pobre.
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3 comentários:
Oi Rafa.. nossa, eu realmente desconhecia a história do McDonald's. Bem, eu gosto muito do Mc e quando eu era criança, nós viajávamos para Sorocaba para comer o lanche, engraçado isso né? Meus pais saiam de Itu comigo e com meu irmão para comermos MC. E tudo tem uma fase: 1º comíamos o Mc Lanche Feliz, depois o Big Mac e agora eu como quase todos...rs
só nunca comi o Mc Fish, pois não gosto muito de peixe.
Um beijo.
Caaaaaara... ainda lembro do 1º McD do Brasil... Lembro que fui com meus pais conhecer o que na época era uma coisa de outro mundo. Pelo menos pra mim. Lembro de ter guardado o isoporzinho que vinha o Big Mac... As coisas mudaram, mundo globalizou... Mas as batatinhas continuam imbatíveis...
Sinceramente nunca fui fã desses tipos de lanches.Certa vez fui no Shoppin com um amigo e ele me convidou para comermos o tal McDonald´s.Na televisão é enorme mas ao vivo é pequeno e caro.Prefiro comer minhas frituras na lanchonete da esquina é mais gostoso e mais barato(risos).
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