sábado, 4 de abril de 2009

MAL CHEGOU, JÁ VAI TARDE

SP - Um pressentimento lógico está clareando as mentes daqueles que trabalham na Fórmula 1. E ele tem resolução simples para uma categoria que nunca demorou excluir aquilo que não presta para ela, principalmente em momentos de estranhas recessões como agora.

O KERS vai sumir sem dar adeus. E já vai tarde. Pois se a intenção é dar emoção ás corridas, sejam elas então de igual para igual.

É fato que as tentativas de fazer acontecer um número maior de ultrapassagens na Fórmula 1 vara anos. Mas uma iniciativa incomum como esta que remete promover efeitos emocionais “nitro” de um carro mais potente que o outro em um final de reta, não é fazer automobilismo.

Mas os polêmicos difusores não fazem parte de uma idéia medíocre, não precisam de baterias para funcionar e não pesam no lastro. Este sim foi idéia tratada, criada e cuidadosamente instalada no sucesso de três equipes, quais largarão daqui a pouco nas primeiras filas no Grande Prêmio malaio.

Com eles, o ar passa mais rápido por baixo do carro, remete o corpo do monoposto para o chão com mais força e protege a sentença dos famosos e proibidos “carros asa”, criação do gênio aeronáutico Colin Chapmann e sua turma.

Sou a favor da física pura, e não de genialidades grotescas que, repito, deixará a categoria mais cedo do que se imagina. Até porque, do que adianta melhorar o combustível no quesito amigável com a natureza e soltar inúmeras baterias usadas pra baixo da terra no final de cada ano? E os custos irreversíveis?

Já disse por aqui que os velhos estão cumprindo suas horas extras, ao invés de navegar com seus iates e curtir a vida com mulheres (sado-masoquistas ou não) o dia todo.

* Frase de Max Mosley no começo deste ano: "Há uma cultura do desperdício predominante. O esforço para o sucesso deu certo em todo tipo de regime financeiro. A F-1 está se tornando ridícula".

Uma ironia sem tamanho.

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FÁBRICA DE CHOCOLATE

SP - (engoli seco...) Já participei de tantas coletivas de imprensa, entrevistas exclusivas e participações diferentes com pilotos, chefes de equipe e gente estranha que só voltando ao tempo – literalmente - me recordaria de pequenos detalhes como aquele quando fomos convidados a cobrir o lançamento do novo carro da equipe do piloto Diego Nunes na Fórmula Renault aqui no Brasil.

Não me lembro do ano, mas lembro que fiquei esperando dar a hora de entrar na WBrasil sentado em um banquinho de uma mercearia com uma coca-cola na mão antes de levar um tapa por trás do fotógrafo Miguel Costa Júnior, que havia deixado seu carro em algum lugar por ali e também se deslocava a pé para a agência. (Mal sabia ele e outros "colegas" que eu havia chegado cedo porque o onibus acelerou demais).

Diego já era patrocinado pela Garoto, mas até ali, ninguém sabia se o patrocinador permaneceria com ele. Mas bastou entrar no saguão para entender a coisa toda. A WBrasil cuidava (ou ainda cuida) da conta publicitária da fábrica de chocolate nacional, que proporcionou algumas mesas decoradas esbanjando chocolate. Até algumas peças que pareciam mesmo decorações comuns, eram de chocolate.

Degustei sutilmente alguns deles e me arrependo disso, já que na época eu acreditava que jornalista sério devia manter a postura. Uma bobeira na mente de um ser alienado a realidade das coisas... Assim, ao invés de atacar aquilo com um animal faminto atrás de sua presa brilhante e com cheiro de cacau, fui discreto e sensível aos presentes estranhos, entre eles Pedro Paulo Diniz, o promotor da categoria no país e Washington Olivetto, o dono da coisa.

Mas toquei neste assunto porque hoje é um dia de comemoração para ele, o piloto, qual segundo as imagens que tenho aqui parece ter perdido seu patrocinador como maioral no carro, havendo apenas um selo lateral em destaque. Não sei também se ele, como muitos outros, tem laços familiares com algum diretor, sócio ou algo parecido com a marca. De qualquer modo, Diego Nunes venceu o GP da Malásia no circuito de Sepang durante mais uma etapa da divisão asiática da GP2. Sua primeira vitória, sua primeira conquista na categoria e um ar da graça da equipe Piquet Sports.

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MELHOR ASSIM, PELO MENOS POR ENQUANTO

SP - (um pouco de notícias...) Ver Bruno Senna andando pela primeira vez como piloto oficial em uma categoria internacional menos estreita que a GP2 e ainda menos cruel que a Fórmula 1, é particularmente bem interessante.

Aprender como funcionam as coisas lá fora, digo, fora de uma realidade singular que a categoria mor limita aos seus 20 pilotos do grid dará a chance de Senna crescer espiritualmente, se souber, é claro, absorver as coisas de um modo positivo.

Nomes estranhos em uma pista espanhola e dentro de um carro forte, porém sem muitos fleches de uma mídia manjada, será o primeiro passo do piloto, que vocês já devem ter percebido, quero dar uma atenção especial neste pobre blog.

Aliás, por coincidência dos fatos, enquanto eu recolhia uma quantidade assustadora de imagens de seu tio, quais foram liberadas há pouco por uma agência européia que mantenho um certo tipo de parceria, recebi a notícia de sua assessoria sobre a posição de grid (sétimo) que ele, ao lado do monegasco Stéphane Ortelli, vão largar amanhã com o modelo Courage Oreca LC70 AIM (foto), um lindo monstro de 600 cavalos, para as 215 voltas na prova de longa duração – outro detalhe bacana para ele – nos 1000 klm de Catalunha.

Senna estreará na Fórmula 1 um dia porque todo mundo que ver ele ali. Basta saber se ele vai conseguir agregar fôlego e interesse depois de um ano enxergando coisas que podem abalar sua mente, expandindo a verdade de que há outros automobilismos interessantes, competitivos e onde também dá pra ser feliz.

Gil: E entre os carros grandes, mais uma de Gil de Ferran, que voltou acelerar na divisão norte-americana da LeMans Series neste final de semana, assumindo a pole-position na categoria LMP1 da segunda etapa do calendário, que acontece amanhã no circuito de rua de St. Petersburg como prova preliminar da etapa de abertura da abalada e sem dinheiro Formula Indy. Jaime Mello, qual escrevi há poucos posts atrás, também se deu bem e é pole-position na categoria GT2.
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sexta-feira, 3 de abril de 2009

UMA SAÍDA PARA ENTENDER A FIA

Há tempos, ou melhor, há anos acontecem coisas na Fórmula 1 que deixam cada vez mais claras uma ferida dolorosa no quesito esportivo da empresa administrada atualmente por velhos ricos, competentes – é claro – mas que de alguma maneira cumprem suas horas extras atrapalhando o andamento das coisas que não deveriam ser mais como são.

O fato curioso sobre a mentira da Mclaren mencionada na torre de controle do circuito de Melbourne, qual Lewis Hamilton também – ou supostamente – forjou ser ultrapassado pelo italiano Jarno Trulli de forma irregular, provocou palavras estranhas na mídia internacional que mais uma vez serão esquecidos em breve. Ou melhor, serão abafadas por alguma coisa que ainda não consegui decifrar.

Fato é que se Lewis mentiu ou não, foi mais uma vez o melhor piloto na prova de abertura e provou assim tudo aquilo que precisava para aqueles que admiram o automobilismo com temperos fortes, ou seja, com competência, velocidade e coragem. Ou será que estou alienado ao “novo mundo” e não consigo ainda traduzir as transmissões milionárias para um público de animais formados pela forjada opinião pública, que admira mais o espetáculo comercial do que torcer, afinal, por alguém, pelo país e de alguma maneira estranha ou antiquada, pelo don de cada um?

Tudo muito estranho... Não dá para entender, como já dito em alguns sites globais e nacionais, como a FIA só anunciou a desclassificação de Hamilton na véspera dos primeiros treinos livres para o GP da Malásia, que acontece agora.

A tal ferida, retomando o assunto lá de cima, é vermelha demais para entender. Tão vermelha quanto as vergonhas claras e gritantemente antiesportivas que a Ferrari já promovera na Fórmula 1. E não duvido que tem coisas por trás das câmeras relacionadas ao time italiano nesta confusão toda.

Mas é claro que vou dormir bem esta noite, pois se o cutucão foi mesmo acionado por eles, pelo time que não conseguiu ao menos um pontinho na Austrália, não haverá nenhum salto de alguma autoridade esportivamente coerente berrando nas mídias acesas em Sepang. A não ser que algum ex-funcionário da Mercedes apareça de cueca na pista e tente um suicídio em meio aos carros, em um confronto mental provocado pela demissão dele e de seus amigos que não podem agora nem mesmo torcer de verdade por alguém em uma corrida de carros.

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domingo, 29 de março de 2009

FELICIDADE NA CORDA BAMBA

Foi mesmo muito bom de ver. Mas ainda não aconteceu aquilo que os brasileiros estavam esperando de Rubens Barrichello para seu ano de suposta aposentaria na Fórmula 1.

Rubens não passa segurança nem pra mim, nem pra ninguém, muito menos ao Ross Brawn, que abraçou seu piloto após a corrida com ar de que a sorte o fizera feliz naquela tarde de Melbourne.

Claro que isso pode estar veiculado a motivos como pouca credibilidade dada a ele durante seus anos de Ferrari por alguns brasileiros sem graça, espalhando assim a pouca fé no decente rapaz. Mas Rubens também engasgou em alguns momentos importantes da etapa de abertura, como a péssima largada e a ultrapassagem (qual seria fácil se houvesse mais calma) sobre Kimi Raikkonen.

Fez o que fez e contou a sorte grande de subir ao pódio neste domingo, com méritos – é verdade – mas sabendo que podia ser melhor.

Fato é que a Fórmula 1 está mais interessante e tem uma torcida ampla para que isto realmente seja mantido. Mas para se garantir ali, Barrichello ainda vai precisar mostrar porque foi eleito. Tanto ele como Piquet, que mais uma vez errou sem desculpas e entrou, definitivamente, para a galeria trágica e lógica da pressão de brasileiros que não aceitam a derrota. Uma pena grave e angustiada.

Detalhe excepcional para Lewis Hamilton, terceiro colocado depois da punição de Jarno Trulli, como todo mundo já sabe. Em resumo, Hamilton é bom mesmo e foi, sem dúvida alguma, o melhor desta madrugada, ao lado de Richard Branson (foto), o vencedor que entrou na hora certa com o carro certo mostrando ser rico e inteligente.


PS. Comentei em algum post lá atrás que Barrichello não deveria estar de volta, pelo menos neste ano. E que Senna (Bruno) é quem deveria estrear em um carro que não prometia nada. Mas os bastidores provaram que o carro estava dentro de uma expectativa superior e manter a dupla da Honda para mais um ano no “novo” time foi, de certa forma, coerente. De qualquer maneira, se Bruno estivesse por ali, começaria por cima... Mas escolhas são escolhas e vamos ver no que dá daqui a diante. É claro que ver Rubens lá em cima dá um prazer diferente para quem adora tudo isso. Mas até quando a tal fé no piloto brasileiro terá equilíbrio em uma corda bamba chamada Fórmula 1?
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ASTRO E PERIGO

SP - Em uma entrevista em que fui convidado a participar durante o falido programa semanal sobre automobilismo qual não me lembro o nome, coordenado pelo pai do piloto Allan Hellmeister e transmitido ao vivo pela AllTV, percebi o tamanho da humildade que Paulo Salustiano, o segundo convidado daquele mesmo programa, tivera através de seus discursos e tranqüilidade durante as perguntas e participação direta.

Na época, Salustiano era piloto da Fórmula Renault (categoria que desejou abandonar com uma certa angústia entalada na garganta) e já nos conhecíamos entre um bate-papo e outro em Interlagos, qual surgiu inclusive a notícia de que ele morava (e parece ainda morar) aqui perto de casa.

O rapaz sempre foi rápido e elogiado por sua competência. Mas houve um tempo em que alguma coisa rolou sem que eu tomasse nota do assunto de forma mais abrangente. E esta pauta parece ter algo relacionado ao suposto bloqueio de sua participação na Stock-Car V8 perante o reconhecimento diagnosticado negativamente ao teste antidoping na categoria, que compartilhava, na época, a polêmica nota de Renato Russo sobre o uso de entorpecentes que alguns pilotos faziam antes de cada largada. Algo que, particularmente, eu nunca duvidei. E ainda não duvido.

De lá pra cá, não sei ao certo o que aconteceu com Paulo. Ou melhor, lembro-me de ter visto ele de volta ás pistas, porém na categoria júnior, que deixara do nome “light” para assumir a nomenclatura de sua promotora Vicar.

Mas neste domingo, meu vizinho voltou a aparecer ao vivo nas telas da TV aberta. E apresentou uma competência de dar inveja, durante a etapa que merece ser notificada em três pontos: 1- Solicitei credenciamento para a prova de abertura dentro do prazo solicitado e até agora não recebi um mero retorno. 2- Com poucos treinos antes da temporada começar, a categoria começou mal, com imagens negativas de capôs voando sem mais nem menos entre uma reta e outra, além dos estranhos incêndios durante os treinos livres e classificatórios que aconteceram em Interlagos. 3- A transmissão da etapa começou tarde na Rede Globo, sem explicações coerentes sobre o fato. Ou seja, ninguém viu a largada do sofá de casa, apesar do anúncio explorado entre sexta-feira e sábado e dado com intensidade, inclusive em horário nobre.

Em resumo, só uma estrela brilhou neste domingo. A estrela competente de Paulo Salustiano, aquele que ama Jesus.