sexta-feira, 15 de maio de 2009

VAI SER BOM

JPS - Não foi apenas uma, nem duas ou três vezes que mencionei por aqui que a crise mundial seria muito bem vinda para o automobilismo.

Primeiro foi a Cosworth dar as caras com a provável composição os carros da USF1 ano que vem. Agora aparece a Lola, um nome pra lá de histórico, tradicional e forte que voltará “oficialmente” a categoria em 2010.

Aliás, a Lola faz parte da minha história quando apenas espectador nas arquibancadas de Interlagos, em 1993. Com o motor Ferrari V12 instalado naquele carro laranja, senti pela primeira vez o ronco de um modelo Fórmula 1 na minha frente. Já o piloto, ou era Alboreto (foto) ou seu companheiro qual não me lembro agora.

O teto orçamentário, que está sendo discutido hoje (sexta-feira) sobre votos de algumas desistências anunciadas, incluindo Ferrari e Renault, que deixariam a Fórmula 1 se o limite fosse o de R$ 130 milhões por temporada, pode mesmo balançar algumas cadeiras por ali.

Acreditando na coerência, talvez o teto seja um pouquinho mais alto. Mesmo assim, a Ferrari fará mesmo falta por ali? Pois a quebra de uma tradição nunca é muito “legal”, principalmente para os torcedores e gente chata que acha que tudo deve ficar como está.

Mas para quem quer ver e sentir automobilismo, de fato, com Ferrari ou sem, haverá enfim corridas de marcas respeitadíssimas que ficaram para trás depois que as montadoras engoliram o esporte e agora, engolidas pela crise, estão mostrando seus anus doces ao mundo.

domingo, 10 de maio de 2009

CHATO E CONSTRANGEDOR

JPS - Dizer, mais uma vez, que Felipe Massa não andou bem em mais etapa do Mundial de Fórmula 1 seria ridículo. Ele fez sua parte e a Ferrari ainda não se acertou. E não dá mais tempo para correções e pensamentos estranhos sobre vitórias mágicas este ano. Título, então, melhor esquecer antes de novas frustrações.

Mas o fato verdadeiramente constrangedor foi ver, mais uma vez, Rubens Barrichello sem aquele punho que alguns telespectadores sentados em seu sofá da sala ainda acreditavam ver.

Decidir o número de paradas e o que fazer durante a prova não pode ser decisões concluídas por um só homem ou uma equipe que tem, no comando do carro, um piloto.

A frase de Button logo após a bandeirada, mencionando pelo rádio um “sinto muito pelo Rubens”, foi uma píada. Nada contra o inglês, que merece, sim, o título. Mas as coisas já ficaram bem claras após a prova espanhola. Ou seja, acabou Barrichello.

- A coletiva e os erros da imprensa nacional -

Acabei de ler que a “nova” estratégia de Jenson Button foi uma surpresa para Barrichello. Mas como todo mundo sabe, viu e sentiu, não foi uma surpresa, mas uma forma de fazer o futuro campeão vencer de novo.

E a única coisa coerente mencionada por Rubens nesta manhã de domingo foi dizer que está sob pressão. Sim, isto é fato e dá para entender.

I DUE LATI DI LA MONETA

JPS - Se Fernando Alonso continuar tentando ser o bad boy na Fórmula 1, apesar de toda sua credibilidade e quase já anunciado como piloto da Ferrari para 2010 ou 2011, as coisas podem mudar, mesmo que seu contrato já tenha sido assinado.

Não há como julgar a manobra feita pelo piloto espanhol na largada, que contribuiu com o acidente que assustou alguns presentes ali pertinho – uma cena que adoro ver porque ninguém, naquele momento, leva um susto danado e sente, na alma, que aquela brincadeira pode machucar... coisas para homens de verdade.

Mas a tentativa de ultrapassagem sobre Vettel voltas depois, colocando seu carro na grama e apresentando aos seus torcedores uma coisa chata que é fazer aparecer sua imagem – se não bastasse uma torcida gigante nas arquibancadas – foi abuso.

De qualquer maneira, vale algumas análises preliminares ás mudanças definitivas de “quem vai para onde”.

Alonso na Ferrari é sinônimo de Felipe fora da equipe italiana. Já Raikkonen é carta fora do baralho, pois não há quem veja o rapaz dentro da categoria ano que vem, a não ser que seu contrato seja cumprido através da autonomia e decisões internas. Portanto, haverá uma vaga, em algum momento, para o segundo piloto do time. E esta, arrisco dizer dois nomes.

Adrian Sutil (foto) é um rapaz novo, com brilho de competência desde sua estréia e imagino que ficaria feliz com o cargo “defensor provisório”, manifestando a chance de ser alguém na categoria, já que seu companheiro não ficaria muito tempo por ali, com intuitos de aposentadoria em alguns anos. E sua escapada na largada deste domingo, abandonando metros depois com o acidente da primeira volta, mostram que se houver atraso para a grande chance do garoto, as coisas podem se complicar e este será, mais um entre tantos outros pilotos, que se apagam sem querer e sozinhos na Fórmula 1.

Já os outros dois nomes, pesam o pensamento. Kubika e Vettel talvez não aceitariam o cargo, a não ser que das duas, uma: Ou para dividir os boxes juntos, ou com um contrato de informações claras sobre o up-grade para número um do time em, no máximo, dois anos pós estréia.

Lembrando que Vettel tem um empurrão de Schumacher. E, não sei porque, já consigo enxergá-lo por ali.