sábado, 22 de novembro de 2008

PELO MUNDO – PRIMEIRA PARTE

PC É quase impossível imaginar provas automobilísticas em regiões ou países que não tem a menor tradição nas categorias tops ou campeonatos de base que vemos por aí. Mas como carros de corrida sempre chamam atenção do povo, trago aqui para vocês uma série de reportagens e informações exclusivas sobre um automobilismo distante, porém nada diferente no quesito competição.

Nesta primeira parte, uma nota sobre o Paquistão. Acreditem se quiser, a Confederação Paquistanesa de Automobilismo – filiada a FIA – promoveu duas provas de kart durante o ano, sem que, infelizmente, houvesse um campeonato de verdade.

Os conhecimentos teóricos passados aos poucos pilotos participantes foram trabalhados pelo próprio presidente da confederação, denominada MAP - Motorsport Association of Pakistan.

As provas aconteceram em pistas diferentes. Uma no município de Karachi e a outra nas ruas de Lahore, em um circuito provisório.

Presidente da MAP, o senhor Tausif H. Agha, tem 22 anos de automobilismo, porém 13 deles passados fora do Paquistão. E entre um projeto e outro para novas provas ou associações que podem reforçar o automobilismo por ali, Agha está de olho no desenvolvimento esportivo veiculado a Arábia Saudita, onde todo mundo sabe que as grandes categorias mundiais estão de olho.

Fato é que ainda não há previsão para uma prova sequer em 2009.

CONCORRA A VISITA AOS BOXES DA GT3 EM INTERLAGOS. SAIBA COMO AQUI

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O NOVO MCDONALD´S

PC Quando criança, Mcdonald´s era lugar pra gente rica. Almoçava por ali depois de um bom banho sonhando com o molho especial e o gergelim no pão que o comercial cantava. Em resumo, ir ao Mcdonald´s era raro, caro, mas também era bom.

Acontece que de uns tempos pra cá, a marca do M amarelo que dava água na boca e a esperança de nossos pais levarem a gente pra lá no próximo sábado se perdeu - pra não dizer outra coisa com a mesma rima – mas fez a sua parte, pelo menos entre os membros do CEO norte-americano.

O primeiro detalhe é entender que a marca, a criação e o “Amo muito tudo isso” parte de uma ilusão sem tamanho, já que o lance do Mcdonald´s não tem nada a ver com hambúrgueres - acreditem – mas sim com terrenos e imóveis. Para quem ainda não leu ou nunca ouviu falar nisso, vale a explicação: Quando há um interesse em franquear uma loja da marca, a marca se dispõe em arrumar o terreno e o imóvel dentro da área (ou bairro) que o investidor se interessa. Logo, a franquia passa a ser apenas nos quesitos custos de montagem e recursos humanos, já que toda a parafernália, arquitetura e produto vêm dos mesmos fornecedores de outras lojas. Em resumo, é muito fácil abrir um com dinheiro no bolso e paciência para entender as políticas de trabalho.

Mas este mesmo investidor pode, como já aconteceu com muitas unidades, quebrar. Mas suas portas só serão fechadas depois da cota mínima de empate financeiro perante contrato de franquia. Em resumo, o Mcdonald´s nunca perde, naturalmente. Pelo contrário, o terreno e o imóvel, mesmo depois de inoperante, ainda será deles.

Resumo da ópera: Eu compro ou alugo um terreno, construo ou reformo um imóvel para caber aos moldes de formatação padrão de minha lanchonete, cobro uma grana que empate - dentro de um prazo estipulado - meu investimento e o interessado à “sócio franqueado” torna-se, na verdade, meu cliente, pois o terreno é meu e quem pagou quase por completo foi ele. No mais, com a força da marca, este meu cliente vende big-macs sem parar. Com o passar do tempo, ele ou seu filho vão querer mais uma unidade para continuar com a marca forte. E eu, dono da idéia e da grande sacada, não terei simplesmente mais um cara que também acreditará ser meu sócio, mas terei mais um terreno por aí.

O lado negro de tudo isso é a pauta desta postagem. Não que a onda de uma alimentação balanceada não tenha afetado as vendas do Mcdonald´s, pois acredito sim que houve uma queda legal nos números a cada fim de mês. Não há como negar também a influência de uma lanchonete diferente a cada esquina inaugurada por semana nas décadas de 80 e 90, quando comer sanduíches embrulhados virou mania no Brasil, além de outros detalhes como a entrada da Burguer King que abriu as opções de moradores nas grandes cidades como São Paulo escolherem em qual lanchonete irão almoçar no domingo antes das compras.

Acontece que a bandeira mais famosa do mundo no sinônimo hambúrguer abriu as pernas, literalmente para a qualidade, fator fundamental e qualquer estabelecimento de manipulação alimentícia.

Minha última passagem por ali foi na unidade que fica em frente ao terminal de ônibus sobre a estação Conceição do metrô paulistano. Ao pedir um número 1 – todos já sabem o que é – a atendente me disse: “Não temos salada, pode ser assim mesmo?”. Okay, topei. Mas o pior ainda estava por vir quando fui lavar as mãos em uma ação higiênica comum e não tinha água, a não ser que abrisse o registro no alto da parede já que as torneiras estavam quebradas, com a corrente de água descontrolada vazando sobre os lavatórios. Achei que até aí eu não ia me sentir assim tão magoado. Mas almoçar numa mesa imunda depois de tudo isso me fez escrever este texto aqui.

O importante mesmo é que eles estão ricos e eu, pobre.

CONCORRA A VISITA AOS BOXES DA GT3 EM INTERLAGOS. SAIBA COMO AQUI

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

LEITOR VISITA BOXES DA GT3 EM INTERLAGOS

Sem tempo para criar, desenvolver ou promover pra valer esta parceria bem bacana que consegui fechar para os leitores deste simples, porém querido blog, vamos ao que interessa para valer.

Quem postar o maior número de comentários NESTE POST, com o tema GT3 e porque deveria ser o vencedor desta promoção relâmpago, ganha duas camisetas de acesso a visita dos boxes de Interlagos durante a etapa da categoria que rola no final de semana entre os dias 28 e 30 de Novembro.

O leitor deverá comprar o ingresso de acesso as arquibancadas para ver de perto Ferraris, Viper, Ford GT, Corvettes, Lamborghinis e Porsches em alta velocidade para ter direito ao prêmio.

De verdade, vale a pena! Então comentem amigos...

DA PRÁTICA À PERFEIÇÃO

(tem crase?)... PC Após mais uma edição encerrada da 500 Milhas de kart na Granja Viana, parei para pensar quanto tempo faz que não visito um kartódromo. Porém melhor do que acompanhar uma etapa qualquer é dar uma passada em algum circuito entre os dias da semana para entender a verdadeira raiz do automobilismo.

Em uma tarde qualquer entre uma e outra cobertura de imprensa de algum evento em Interlagos - há pelo menos 10 anos atrás - conferi um fato bastante interessante com um menino pequeno acelerando seu kart por ali.

Primeiro ele entrava muito correto nas curvas, o que já dava pra sacar que o garoto ainda era prematuro no assunto. Mas foi na reta dos boxes que percebi e testemunhei os primeiros passos de um piloto. Saindo forte da curva da balança, dava a impressão de que o garoto enfim abriria sua volta rápida para alguns ajustes em seu kart. Mas não era isso que ele estava testando, e sim sua coragem. Pois quando ele chegava no meio da reta, ele descolava o pé do acelerador e tentava manter a pose com a minha presença, talvez única além de seu pai e seu mecânico. E não desacelerava para enxergar alguma dica visual, talvez gesticulada pelo seu próprio pai. Mas sim porque ele estava se adaptando a velocidade do novo brinquedo. E isso deu pra ver em seus olhos arregalados atrás da viseira.

Fato é que correr pode mesmo ser comparado a pilotar um avião, pois quanto mais milhas, maior a credibilidade de seu porte, sua segurança e sua carteira.

A frase de Bruno Senna logo após deixar o modelo HondaF1 que testou pela primeira vez em Barcelona anteontem resume o entendimento: “É um carro de corrida como os outros. Sai de traseira, sai de frente, e o desafio é conseguir acertá-lo".

Esta mesma frase foi dita quando entrevistei Bruno há pelo menos três anos atrás, quando ele, na época, estava assinando com seu time na GP2, onde fora vice-campeão este ano.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

TALENTOS NO MARKETING REDBULL

PC Lembro-me de um comercial quando ainda garoto que uma marca de jeans nacional (não sei bem ao certo qual) dizia: "Você não é diferente. Eles é que são iguais".

Mesmo criança, entendi a grande sacada do marketing da empresa que botou o lançamento das calças na Tv sem dar prioridade aos novos modelos, já que, calças jeans naquela época eram nada mais do que um pedaço de pano azul, sem lavagem e sem cortes arrojados como os de hoje. Então, sendo praticamente iguais entre todos os selos, o comercial reforçava que a marca é que fazia a diferença, tornando o consumidor mais cabeça, mas inteligente, mais descolado e pensador.

Dei este lance inicial para falar da RedBull...
Sempre que nós jornalistas dispomos de acesso a imagens de um determinado evento, seja ele prova de automobilismo ou qualquer outra coisa, a assessoria responsável procura disponibilizar aos jornais e revistas as melhores imagens e deixar de lado, é claro, fotos como acidentes, a cara brava de um piloto, ou até mesmo um close mais natural, do piloto quieto em seu canto, concentrado antes da prova. Afinal, legal mesmo é divulgar o patrocinador, flagrar o sorriso do cliente e, ás vezes, o momento do pódio.

Acontece que este caminho seguido por todos é puramente descartado no portal de acesso à imprensa nos sites oficiais das equipes Toro Rosso e Red Bull na Fórmula 1.

Esta imagem aí em cima, por exemplo, foi retirada de lá. Lewis Hamilton da Mclaren passando uma garrafinha de... REDBULL!! para Felipe Massa, da Ferrari. Em resumo, a gigante assessoria responsável pela marca quer dar um ar de clímax ao trabalho. E este flagra dos principais astros do GP Brasil passando, um ao outro, uma garrafinha de Touro Vermelho ficou claro em mencionar que “até eles bebem”. Então porque não colocar no ar?

E esta outra foto logo abaixo mostra uma saída de pista da Toro Rosso, o que para a maioria dos assessores não seria assim, confortável, apresentar que sua equipe erra em determinadas curvas. Já para os fotógrafos da agência RedBull, um lance de velocidade, arrastando um pouquinho de terra que quase faz o touro desenhado ao lado do carro engolir.

Criatividade e juventude. Este é o lema nos bastidores de uma marca que sem querer, ensina como ser diferente. Sem contar com as deliciosas Fórmula Unas.