sexta-feira, 17 de outubro de 2008

DEFINITIVAMENTE...

Virei a página do jornal ontem a tarde e olhei para uma foto bem grande da atriz Malu Mader prestando sua pose aos flashes publicitários de uma nova marca de eletrodomésticos que está entrando no Brasil. Na legenda, uma pergunta: “A empresa mexicana promete investir, inicialmente, 100 milhões de dólares em produtos no país nos próximos cinco anos. Mesmo com a crise?

Percebi então que a tal "crise" tomou conta dos jornais, das revistas, da televisão e no assunto n a mesa de pizza paga por minha chefe dias atrás.

Mas apesar de tudo, não estou preocupado com isso. Aliás, procuro coisas boas para assistir, ouvir e me dedicar. Chega de terno e gravata pelo menos por um tempo! (ahhh litoral...).

O que ando mesmo analisando, perto de participar dos eventos mais bacanas neste final de ano (coletiva de Imprensa com pilotos da Ferrari, 500 Milhas de Kart, etc...) é no que vai dar o campeonato mor - traduzindo, a Fórmula 1. Já que depois de 15 anos desde a primeira vez em que sentei nas arquibancadas de Interlagos para assistir o GP do Brasil em 1993, enfim pintou a chance de ver um brasileiro ser campeão do mundo. Não que eu não lembre da sensação gostosa de ficar acordado até tarde para ver Ayrton vencer em Suzuka. Mas quando criança não procuramos entender os detalhes mas sim só torcer.

Agora, a coisa chata de tornarmos adultos é procurar detalhes em tudo. Então cresci e procureis os detalhes do automobilismo, além de meus lances verdadeiramente profissionais no assunto. Com isso, o tesão baixou. Melhor explicando, entendi que há caprichosos talentos em toda parte do mundo. E um deles chama-se Lewis Hamilton.

Se você, leitor, rever as provas de 2008 sem nenhum áudio de narradores que acabam comprometendo nosso fluxo mental durante as transmissões, verá que, apesar de muito jovem, Hamilton é daqueles que dá vontade de torcer. Entre altos e baixos ele mudou pra valer o sentido das coisas chatas que era ver uma liderança cansativa de Schumacher sempre lá na frente. Ele renovou a categoria com sua pilotagem agressiva, colocou açúcar no suco, a folhinha de manjericão na massa, enfim.

E por falar em Massa, o que dizer de Felipe. Comparando a parábola anterior, Felipe foi a colherzinha que misturou o açúcar e o molho de pomodoros maduros que a categoria queria ver. Resultado: Duas competências na briga pelo título.

Definitivamente, ambos foram heróis da salvação e merecem o título. O campeonato foi daqueles e a decisão será ainda melhor. Mas... e o Kubika?


Não consigo entender

Agora vem este lance de pressionarem Hamilton na parede. A tal associação de pilotos quais fazem parte Jarno Trulli da Toyota e Mark Webber da RedBull mencionou que ele anda meio arriscadinho demais para o gosto de homens que enchem o bolso de dinheiro, mas pilotar que é bom nada.

Os caras reclamam de asfalto ruim em Cingapura, de pilotos que são melhores do que eles, que com chuva fica difícil,... Acho que eles deveriam ficar na praia jogando frescoball (ahhh litoral...).

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SERÁ? ESTOU TORCENDO

Quando li a matéria deste último domingo no jornal O Estado de São Paulo, trabalhada por Lívio Orichio, entendi alguma coisa sobre a nova economia prometida para a Fórmula 1.

Em um post recente que escrevi por aqui, disse que a categoria anda gastando muito, muuuuito dinheiro. Normal... pois afinal, não há troca de uma simples bola quando ela sai fora de campo, mas troca de motores, que custa em média 80 milhões de dólares por equipe na bagaça. Calma, vou repetir: 80 milhões de dólares só com motores. Um piada.

Mas a economia não está veicula apenas com os custos apertados de pequenos times. A Fórmula 1 está revendo seus conceitos em relação a ecologia desde agora, com porcentagem de seu combustível “natureba’, no mix etanol/gasolina.

Acontece que tem a mais coisas para contar:

- Fumar não é tão prazeroso como antigamente e as grandes marcas de cigarro deram ré na categoria. A próxima será sim a Marlboro, com a muito provável contratação de Fernando Alonso na equipe Ferrari, na substituição de patrocínio mor do time.

- Morando no litoral norte de São Paulo percebo o quanto é importante vencer a luta à favor da natureza. E trabalhar com corridas de carro dá um certo contraste na alma. Mas agora parece que vai. Segundo pesquisas detalhadas de meus olhos por aí, além de maior parcela de etanol nos combustível, pneus e outras coisinhas estarão gritando a favor do verde nas pistas muito em breve.

- E a economia mundial com as bolsas oscilando pra cacete? Quem vai segurar a onda?

Há quem diz que a Fórmula 1 vai voltar a usar motores turbo; menores, porém com potência ainda maior. Este fato se for verdadeiro, nos remete a uma breve história do tempo, e de repente faça a categoria recuperar seu fôlego com novos intuitos, novos fãs, nova vida.

Você torce por isso? Eu torço!

domingo, 12 de outubro de 2008

VAMOS FALAR DE PIQUET

Assisti a este comercial super bacana da Guinnes e me lembrei de Nelson Ângelo Piquet. Então vou falar dele. Ou melhor, da situação chata que vive aquele garoto baixinho de capacete grande que conheci há anos no Kartódromo da Granja Viana.

Lembro de ter visto ele perguntado ou reclamando de alguma coisa para um comissário da pista junto com outros pequenos pilotos, que permaneciam quietos. Logo pensei: Iiiii, puxou o pai. Mas naquela época, eu mal conhecia o automobilismo que conheço hoje.

Tenho uma foto dele feita naquele dia, com minha antiga câmera Cannon bastante caseira que não funciona mais. E esta foto serviu para minha primeira publicação de matéria em um jornalzinho tablóide mixuruca que era distribuído em algumas escolas de São Paulo, chamado Teen News (ou algo parecido).

Bem... vi o garoto crescer e correr muito bem. Até que rolou uma decisão do campeonato brasileiro de kart qual eu não pude participar da cobertura das provas. Um jornalista me disse, uma semana depois, que o “Nelsinho” havia usado uma vela de sete dias no motor para ganhar o campeonato. Resumindo, os mecânicos burlaram as regras para faze-lo vencer.

Se isto aconteceu ou não, eu não sei. Só sei que quando ele começou a aparecer por aí, entre categorias de base, Fórmulas 3, e tudo mais, o rapaz deu pinta de bom de braço. E todas as entrevistas e bate-papos que tivemos neste caminho foram sempre muito bacanas e atenciosos, mas sempre notei algo que muita gente também parece ter notado: Apesar do Nelson (pai) sempre se emocionar com a cria ao ver o filho crescer e chegar lá onde ele queria, nunca, de certa forma, ficou paparicando o moleque. Parecia mais descarregar dicas ao filho piloto do que dar o sobrenome a torcer. E uma das coisas que “Nelsinho” absorveu muito bem foi a jogada de correr em tudo que era carro para aprender, aprender e aprender cada vez mais.

Nelson Ângelo estreou no kart, participou de provas de turismo, andou de Porsche na Europa como convidado especial, venceu na Fórmula 3 Sulamericana, Fórmula 3 Inglesa, A1GP, GP2 e agora está na Fórmula 1. Sentiu cada modelo, cada passo difícil de entender o jogo financeiro que há por trás de tudo isso e chegou lá.

Minha única entrevista realmente exclusiva com o pai tricampeão aconteceu pouco antes da largada da primeira participação do filho na 1000 Milhas brasileiras, em Interlagos. “Ele só veio conhecer a pista”. Assim nu e cru, querendo, mais uma vez, ver o filho aprender.

Para quem não sabe, “Nelsinho” chegou a assinar um longo contrato com a equipe Williams, antes mesmo de começar a fazer seu nome na Europa. Mas depois, sem entender muito bem, ele não pintou por ali como piloto oficial. Talvez porque o contrato fosse tão longo quanto à decadência atual do time inglês.

Ironicamente, Keke Rosberg, pai de Niko – piloto da Williams – soltou esta frase para um jornal alemão recentemente que deixou ainda mais polêmica a atual fase do piloto brasileiro: "Alguma coisa está errada por lá, pois parece que Piquet não consegue buscar nada. Alguém como ele, que foi tão bem na GP2, precisava fazer mais. Não consigo entender o que acontece.
Memória curta

Ás vezes a memória parece curta perante os noticiários que mudam a cada minuto, a cada hora e a cada dia por aí. E ficou no ar alguns fatos que parecem ter perdido importância.
Mas basta relembrar a prova de Magny-Cours, na França, para reativar um pouco do “banho” que “Nelsinho” deu em Alonso. Basta também relembrar que as coisas ficaram realmente pesadas para Piquet logo depois de seu primeiro pódio na F1, no GP da Alemanha, quando Alonso ainda choramingava com o carro “ruim” da Renault.Tudo muito estranho, mas tudo muito claro também. Aliás, sabemos que ele é o segundo piloto do time francês.

Fato é que o companheiro do piloto brasileiro venceu novamente esta noite em Fuji, depois de uma corrida bem bacana. Mas os méritos para Nelson Ângelo – quarto colocado na prova de hoje - não podem acabar assim, numa geladeira aguardando alguém abrir para contrata-lo quando o abandono da Renault deve ser anunciado em breve.