sábado, 23 de janeiro de 2010

QUANTO CUSTA?

Há muitos anos atrás ouvi dizer que pra botar um helicóptero no ar custava certa dose de cifrões. Mas o tempo foi passando, a frota aumentando e hoje não deve ser tão caro assim. Mas que gasta combustível de forma gritante, é fato.

Porém, antes de ouvir tal notinha acima, muito antes pra ser honesto, eu tinha aqui comigo um resumo de custos e investimentos necessários para manter uma equipe pequena de Fórmula 1 na ativa. Na época era a Tyrrel e se eu não me engano foi o Reginaldo Leme quem soltou um emaranhado de números correspondentes a prêmios x custos do tal time na categoria.

Não vou me lembrar agora das cifras exatas, mas era um absurdo.

Comparando a frota de helicópteros de São Paulo com a atual Fórmula 1, quanto deve custar nos dias atuais os treinos anuais do bom menino Valentino Rossi? E qual a resposta para ter ele andando por ali há mais de três anos e sempre no início do ano?

Será que ele paga pra isso por matar o tesão da coisa ou é a Ferrari que gosta de explorar o rapaz para desenvolver coisinhas novas no carro vermelho.

Acho que as duas coisas estão engrenadas, em minha humilde opinião. E o mais interessante é que, apesar da Ferrari não divulgar os tempos exatos de seu último dia de testes semana passada, parece ter andado entre o esperado para um piloto de fórmula, e não de motociclismo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

JORNALISMO NERD

Morei fora de São Paulo durante seis meses em 2008. Foi realmente interessante administrar o dia-a-dia totalmente diferente daquele que retornei a conviver logo depois. Aprendi com muitos e adquiri algumas referências inéditas nestes meus 31 anos. E uma delas foi deixar aquilo que não é exatamente da “minha conta” para aqueles que podem resolver determinadas situações.

A chuva que caiu aqui na capital na madrugada passada e entupiu mais uma vez os ralos, os bueiros e a paciência de muita gente foi de fato terrível. Fez, de certa forma, imaginar o final de semana em que a IndyCar estiver por aqui.

Mas de quem é o problema? Do jornalista que anuncia automobilismo ou do governo ou prefeitura responsável?

As enchentes madrugadoras do último dia 20 repercutiram de forma incoerente nos sites e mídias que publicam corridas de carro, promovendo uma série de pesadelos responsáveis como se fossem eles, os que se auto-proclamam jornalistas, responsáveis e medrosos sobre o fato de ver um monoposto nadar nas esquinas do Sambódromo.

Não há onde buscar boas referências para certo tipo nota como esta. Mas qual é, afinal, o papel de um jornalista? Cutucar o governo ou tentar cuspir o que ocorre hoje, em nosso cotidiano, rebatendo aquilo que todo mundo já sabe?

A Fórmula Indy não tem nada a ver com o fato. Se encher no dia da prova, a vergonha de uma megalópole com nome de Santo vai por água abaixo – literalmente. Mas isto não serve como manchete para pautas de gente que parece não ter o saco de aço para enfrentar com cara limpa aquilo que o verdadeiro jornalismo deveria fazer. Ou seja, ligar para a assessoria de imprensa do governo ou prefeitura para saber como andam as obras para que tal fato não ocorra.

Parece mais fácil alertar aquilo que todo mundo já está alerta e não compor nenhuma novidade naquilo que denominam ser uma matéria de verdade.