quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A LÓGICA COMO RESPOSTA

SP - Mesmo largando o segundo grau na metade, muito antes de concluí-lo e botar a bunda em uma sala de faculdade durante o curso de comunicação social, ainda participava de algumas aulas de física por dois motivos. Primeiro porque sempre gostei do assunto e também porque o professor era o máximo, daqueles caras que sabiam administrar qualquer parada dura de moleques que nem sempre entendem o que fazem dentro de uma escola.

Ainda desiludido do colégio técnico, lá estava eu em uma aula ou outra, até o dia em que o professor gente boa me largou uma prova na mão para responder, sem que eu estudasse as últimas páginas do assunto. E levado pelo lado lógico e simples da matéria, lembro que me dei bem com a nota.

Dizer que a escola não é um bom lugar seria cruel demais, já que depois de crescer todo mundo sente uma saudade nervosa daquele tempo. Acontece que a forma de ensinar deveria ser diferente e nela também existir a disciplina educação financeira (mais uma do Pai Rico e Pai Pobre), criando na cabeça dos alunos ideais livres ao invés do rumo “cresça, trabalhe e aposentem-se”.

Fato é que uma lembrança bastante nítida de minha primeira vez nas arquibancadas de Interlagos, durante o treino de sábado na Fórmula 1 em 1993, fiquei sem entender muito bem uma visão estranhamente nova e difícil de explicar, apesar de, mais uma vez, fisicamente lógica.
Karl Wendlinger, o austríaco que quase morreu um ano mais tarde e só voltou a correr em 2005 (no Brasil) mesmo com a angústia publicada pelos pais do rapaz, foi o piloto que aprontou pra mim esta cena que vez ou outra comento em um bate-papo de bar.

Como as proteções laterais ainda não existiam, além do corte baixo dos carros carro, a cabeça do piloto ficava muito mais visível do que hoje em dia, conforme motivos que levaram a Fórmula 1 modificar as coisas. E na freada da reta oposta, Karl, com a estreante Sauber Mercedes negra, era empurrado para frente como se fosse um boneco de borracha, segurado violentamente pelo cinto do carro.

Todo mundo passava e lá vinha ele, freando e se deslocando sem nenhuma sutileza seu ombro e sua cabeça por pelo menos um palmo longe do encosto traseiro.

Anos mais parte, por volta de 2000 ou 2001, as câmeras on-board de algumas equipes começaram a provar uma nova resposta ás freadas em relação ao piloto, que a cada entrada de curva, ao invés da cabeça se deslocar pra frente como um tiro, o corpo inteiro é que descia no carro, baixando literalmente a cabeça se a visão fosse vista de perfil. Ou seja, os desenhistas aperfeiçoaram maior conforto e segurança que hoje em dia ainda se vê na Fórmula 1.

A foto acima é a prova da recompensa depois de uma limpeza e organização geral que fiz nos arquivos neste início de ano, recuperando esta imagem de um material super interessante que a Mercedes-Benz me mandou lá da Alemanha anos atrás.
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