segunda-feira, 25 de maio de 2009

FICOU MARCADO

JPS - A primeira vez que vi Helio Castro Neves correr foi em uma etapa da Fórmula 3 Sul-americana, em Interlagos, em companhia de um primo que hoje mora em Minas Gerais, numa cidadezinha bem pequena que amanhã pela manhã devo visitar em um bate-volta. Ele, que também me acompanhou na primeira vez que pisei em Interlagos, é daqueles caras que ninguém tem nada negativo a dizer. Quieto, trabalhador e um rapaz gente fina pra caramba. A única nota zero que ele merece levar é não se cuidar como devia. Suas doses de Coca-Cola diárias assustam e não há ninguém que freie o rapaz neste vício delicioso que leva a morte e a largura de um corpo cada vez mais.

Mas voltando a falar de Hélio, lá estava ele, compartilhando o grid do circuito paulista com alguns estranhos que não deram sorte na vida e outros nomes que mais tarde todo mundo ia ouvir falar, com Cristiano da Matta e companhia.Foi naquele domingo que também vi, pela primeira e única vez, alguém acertar a divisão de muro entre linha de box e pista, depois que o circuito começou a secar, formar o trilho e não contribuir com quem vinha desprevenido em sua entrada ainda bastante úmida.


Hélio, anos mais tarde, virou Hélinho. Mas virou também símbolo de uma geração que o Brasil deu valor, através das transmissões da Indy Lights pelo SBT, na companhia de coberturas amplas que a emissora aplicava com a turma da Marlboro Brazilian Team, que contava também com Tony Kanaan e mais alguém por ali.Hélio, antes mesmo de “subir” para a antiga Fórmula Mundial, já era quase ídolo, empatando seu carisma com Tony Kanaan, por quem eu sempre tive muito respeito e um certo tom de torcedor.


No caminho da vida de jornalista que segui fez-me conhecer ambos em situações diferentes. Até o dia em que no evento promovido pela Revista Racing dei início a um bate-papo (literalmente) com ambos, juntos, e suas devidas esposas. Percebi ali que o “ar” da Indy parecia ser mais puro e menos estranho que o da Fórmula 1.


Mas o tempo passou, Hélio ganhou mais que Tony (apesar do título do piloto baiano ter soado com muito orgulho), e as coisas foram mudando, até o momento do choque crucial da imagem dele para nós jornalistas, nós torcedores e nós brasileiros.


Seja lá o que ficou decidido pela justiça norte-americana, sua vitória ontem em Indianápolis foi, sem dúvida, a melhor imagem do ano até o momento.

O MURO MOLE: Se existe criatividade na segurança e tecnologia dos carros, nada foi mais original do que esta criação aí em cima, o famoso muro mole. Não é de hoje que o negócio existe. Mas o efeito diferente que ele dá ás corridas em circuitos ovais é bastante interessante e, literalmente, seguro.

Um comentário:

claudio heliano disse...

Toda vez que assisto a uma prova da Indy e da 1 fico realmente impressionado com a descontracao de pilotos, da simplicidade nos boxes que nem sequer existe cobertura e do ambiente que parece mais amigavel e familiar.Se o piloto tiver que dar uma bronca em outro competidor pode ter certeza que vai fazer pois vejo sempre.A adrenalina e emocao correm juntos na mesma veia.
Adoro ver o Helio corendo pois e um piloto que luta pela vitoria sempre independentemente de onde largue.E emocao certa e a vitori em Indianapolis foi sensacional eu tambem acompanhei a prova inteira.
Um abraco!