domingo, 22 de março de 2009

QUALIDADE DE VIDA

SP - Mesmo sem torcida e apenas uma assessoria de imprensa que não consegue espremer uma notinha sequer sobre eles nos jornais de banca, além de revistas especializadas (no singular seria mais real), alguns nomes brasileiros que estruturam sua vida no exterior estão acima de muitos outros em diferentes aspectos, e o principal deles é a qualidade de vida. Fazem o que sabem fazer de melhor, competem em categorias fortes com particularidades interessantes vencendo provas e campeonatos.

Dentre as últimas notas que recebi de distintos assessores, dois deles merecem um comentário por aqui. Primeiro vem João Paulo Oliveira, piloto que há tempos está no Japão ganhando dinheiro e status, vencendo provas e aparentemente feliz por não ser qualquer um... por ali, é claro. Por aqui ninguém sabe, ninguém viu. A não ser aqueles aficionados por corridas de carro que almoçam pneus e sonham com amortecedores.

Oliveira, por sinal, venceu hoje os 300 Klm de Okayama, e lidera o campeonato japonês de SuperGT com seu Nissan GT-R, um carro dos sonhos pra muita gente e odiado pelos ex-funcionários da marca que estão em casa tentando pagar as contas de da demissão em massa tempos atrás.

Outro nome que conheci em 1996, quando a Fórmula Ford dava adeus a uma história de sucesso nas pistas brasileiras, foi Jaime Mello Júnior, piloto da equipe Risi Competizione detentora de uma Ferrari F430 GT (foto) que venceu, em companhia de Mika Salo e Pierre Kaffer, a divisão GT2 das 12 Horas de Sebring, Estados Unidos, neste final de semana. Esta foi apenas mais uma vitória do rapaz que há muitos anos tem uma vermelhinha nas mãos e vive a vida de forma aparentemente tranqüila, sem pressão extra da imprensa ou qualquer lance estranho que acontece com nomes mais conhecidos entre nós.

A última vez que conversei com Jaime foi há pelo menos cinco anos atrás, durante uma etapa ou da World Series ou nas Mil Milhas aqui no Brasil. Ele me pareceu sério, porém focado em novos rumos, dos quais parecem ter dado certo.

Em uma entrevista que fiz anos atrás com Roberto Streit, outro brasileiro que tem uma vida diferente do outro lado do mundo, recebi um contraste gritante da vida que um piloto tem por ali. Não me lembro muito bem dos detalhes, mas o apoio e a condição que o esportista profissional recebe no oriente não tem nada a ver com o que temos por aqui e, se bobear, em todo o continente americano. Pois para correr lá em cima, nos Estados Unidos, tem mesmo de pagar.

Parece-me que no Japão ou em países que decidiram dar a volta por cima depois de tantas guerras e coisas ruins, existe o bom senso entre empresas de apoio e equipes que cuidam de seus pilotos como verdadeiros profissionais. Ou seja, eles são funcionários oficiais dos cartolas. Por isso, existe o pagamento pelo trabalho bem feito de forma comum e fácil de entender.

Assim sendo, o foco dos garotos mudam. Pois ao invés de pensar se vão ou não conseguir largar no próximo grid, eles se preocupam apenas com a curva seguinte, já que o trabalho com a papelada financeira parece ficar por conta das equipes e dos promotores do campeonato.

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Um comentário:

claudio heliano disse...

O legal é que em quase todas as competições sempre tem um brasileiro.
Com certeza o piloto tendo um apoio financeiro e psicologico as cahnces de obter bons resultados aumentam.
Eu mesmo estou com um sonho ingressar em uma escola de kart e de forma amadora(eu acho) ingressar numa competição.Aqui em Lauro de Freitas o curso de pilotagem de Kart custa R$ 600,00 com seis aulas de teoria e prática com duração de uma hora e meia.
Quem sabe né........