terça-feira, 11 de novembro de 2008

O SALVADOR

PC Não sei se vocês perceberam, mas o ano esportivo do Brasil foi um fracasso de dar vergonha. Também não sei ao certo quantos pilotos brasileiros foram campeões ou ainda disputam o título de alguma categoria ao redor do mundo. Mas já dá pra fazer uma rápida análise daquilo que o povo mais tem acesso.

Na Fórmula Indy deu mais uma vez Scott Dixon, o neozelandês voador e bom de braço. Porém o cara também contou com a falta de sorte de um piloto que sempre gostei, sempre admirei, sempre concedeu entrevistas numa boa e sempre foi muito competente naquilo que faz. Mas dessa vez Tony Kanaan conseguiu repetir – como em 2007 – os azares e alguns deslizes quais interromperam a grande chance do brasileiro torcedor ver ele lá em cima mais uma vez.

Sem contar com o CASO CASTRONEVES, que desceu assim, como o gosto ruim de um caviar estragado. Resumindo, para quem acompanha ou trabalha nas pistas, ver algo tão inusitado como este, principalmente com o piloto de mãos e pés algemados chorando frente ás câmeras de TV, assustou como o maior mico inesperado que encaramos de frente. Pra ser sincero, no meu ponto de vista foi mais grave do que as relações eróticas "super discretas" de Max Mosley e suas Max Molestadoras ano passado.

Nas Olimpíadas, um chute no saco daqueles que dói uma semana, mas não dá para chorar ou pedir ajuda. Aliás, se pedir ajuda fosse a solução, só teríamos um caminho para isso: Gritar nas janelas da alvorada para investirem mais no esporte. Mas acredito ser tão démodé fazer uma coisa dessas, que foi melhor contar com os especiais do Esporte Espetacular falando durante horas das pobres medalhinhas que o pobre país conseguiu trazer pra casa do que se preocupar com o esporte brasileiro. Aliás, li alguma coisa ontem sobre o furto de uma medalha de alguém (comentem aqui se souberem). ----- Sem desmerecer aqueles que venceram com garra. Mas além de contar com a grana investida by papai e mamãe quando ainda eram crianças, na freqüência de clubes que literalmente preparam alguns campeões, eles foram poucos, é verdade.

Para finalizar o lado chato da pauta, vamos ao livro e o cachorrinho, sem precisar entrar em detalhes já que, para quem acompanha automobilismo, sabe direitinho da estória que contaram por aí. Bom... das duas uma: Ou Lemyr Martins viajou e escorreu gostoso ou a mídia foi quem estrangulou o que já estava fodido. – pra ser sincero, acho que rolou um pouco das duas coisas - No mais, livros recolhidos, árvores desmatadas com o papel deles impressos e o pior: Eu não tenho um exemplar.

Quem venceu pra valer foi Rafael Mattos, que levantou a taça Indy Lights, imagino, com verdadeiros méritos de campeão. E a explicação é simples, pois por onde este cara passou, venceu. O salvador do ano.

Lembro-me de uma entrevista que fiz com ele via Internet pouco antes de sua consagração na Fórmula Mazda, lá nos Estados Unidos. Antes de mandar as perguntas, uma ligação direta EUA/Brasil tocou em meu celular para ficar cravada como a mais longa deste velho aparelho. E do outro lado, o pai de Rafael, que com muita seriedade e atenção, conversou comigo durante duas horas e meia sobre a carreira do filho, seus trabalhos na América, sua vida, enfim.

A entrevista valeu, fui agradecido por publica-la e o cara venceu, venceu e venceu mais esta agora, antes de ser convidado para testar um Indy de verdade. E se eu não estiver enganado, assinou um contratinho para 2009. Torço por ele!

MÉRITOS PARA ELA: Quem dividiu as pistas com Rafa Matos na Indy Lights foi nossa querida Ana Beatriz Figueiredo. A menininha que desde o kart chama atenção de todos pela competência que tem, foi a terceira colocada no campeonato norte-americano, "gritando" atenções entre muita gente. E nesta última semana ela foi homenageada na especial noite de gala entre pilotos da Indy e Indy Lights com um troféu "pesado", segundo sua assessoria. Aliás, segundo a mesma assessoria, ela estava usando um vestido da grife Fafá Oliveira que... o que isso tem a ver com automobilismo?

2 comentários:

Anônimo disse...

Rafael meu velho, que papelão essa a do Helio C.Neves,pôxa que vergonha hem! Logo ele que teve como padrinho de pista internacional no EUA o Emerson Fittipaldi logo que ingressou na Indy em 1998 pela Hogan.Sinceramente estou decepcionado e ainda corre o risco de ser expulso do País e cassada a licença de piloto.Este é um exemplo a não ser seguido.
Querendo vc conhecer meu trabalho sobre automobilismo acesse: claudiof1.blogspot.com ou www.camaçarinoticias.com.br e procurar colunistas(claudio heliano).
Um abraço

Anônimo disse...

Oi Rafa,
Realmente o esporte no Brasil no ano de 2008 não foi dos melhores.
Bem, quanto a nova piloto, muita energia positiva para ela e que tudo dê certo!
Beijo