sábado, 29 de novembro de 2008

DOS LOUROS AO BRONZE

PC (Enfim entenderam...) Nunca mais achei que pudesse encontrar, em uma página de jornal, o que li ontem a noite pouco antes de dormir.

O assunto estava relacionado à idéia de distribuição de medalhas “olímpicas” na política de novos pódios que a Fórmula 1 quer implantar. Melhor dizendo, que Bernie Ecclestone quer colocar em prática.

Agora solteiro e analisando sua filha semi-nua em uma publicidade européia colaborando com uma entidade de proteção aos animais, o velho inglês parece ter recebido uma chacoalhada na cabeça. Aliás, ele parece querer mesmo voltar aos tempos em que corridas de carro eram vencidas por equipes e pilotos, e não por ultrapassagens nojentas nas estratégicas com as paradas de boxes (como eu já mencionei aqui um dia desses).

A palavra do mestre segue em um trecho publicado no Estadão na quinta-feira:

A razão de adotarmos este modelo é que estou cheio de ouvir as pessoas reclamarem de falta de ultrapassagem. O motivo de não mais as vermos não tem nada a ver com os circuitos ou os carros, mas com os pilotos, que não têm necessidade de ultrapassar.

Neste ano vimos em várias ocasiões Lewis Hamilton não tentar a ultrapassagem em Felipe Massa pelas razões expostas


Para um automobilismo onde menininhos mimados andam reclamando demais sobre pequenos detalhes que fazem a diferença no quesito desafio esportivo, agora as coisas talvez sejam diferentes, já que o maior número de medalhas de ouro é que reconhecerá o campeão de cada temporada. Ou seja: “Sente aí e chegue em primeiro, seu moleque!”

Não sei quando esta política olímpica deverá ser agregada na categoria, pois parece que a idéia ainda deve ser filtrada pelo conselho da FIA. Mas que vai acontecer, isto eu não tenho dúvida. Aliás, se saiu da boca de Ecclestone, não tem discussão para saber se está certo ou errado.


NO RADIO. YES LOUROS: A Fórmula 1 está mudando e com estas mudanças devemos mesmo ter provas mais interessantes. Acontece que o ponto final da história entre uma mudança e outra seria a retirada do rádio entre time e piloto.

Lembro de uma prova em que Nelson Piquet (o pai, tri) fora convidado a participar de uma etapa do campeonato Sul-americano de Fórmula 3 no circuito de Brasília. Isso já faz algum tempo e se não estou enganado ele correu pela equipe do Cesário, que recebeu ele nos boxes após algumas voltas deixando seu cockpit sem mais nem menos. E o problema que ele havia sentido e ouvido do motor - dito aos mecânicos já fora do carro - era o mesmo daquele encontrado depois de uma micro-cirurgia feita no equipamento. Em resumo: Piloto que é piloto saca, entende e sabe o que fazer na hora certa. Sem precisar correr através de uma voz de comando.

Outro caso que todo mundo conhece é aquele do Ayrton em Monte Carlo, quando Ron Dennis começou a inchar seu saco de tanto pedir para ele ir mais tranqüilo e só levar o carro até o final da prova... deu no que deu na entrada do túnel.

Já os louros... ahhh, eles deviam voltar. Como este aí na foto. Vocês não acham?

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá,
Espero que mudanças venham para ajudar e deixar mais atrativo a F1. Tomara que se houver mudanças que seja para melhor!
Beijo,

Anônimo disse...

Rapaz não sei não.Acredito que o sistema de medalhas sem outras mudanças premiará as equipes mais fortes.Se esse sistema estivesse em operação Kubica não entraria na briga do campeonato, pois, até o gp do Japão ele tinha chances sim de trazer um título.Massa venceu seis, Hamilton cinco, Raikkonen 2 Alonso duas Kubica e Kovalainen uma.Assim apenas dois pilotos teriam disputa de títulos.